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STF pode dar sinal verde para Arruda voltar ao Buriti
O xeque-mate do Bolsonaro ou do STF na sucessão de Ibaneis Rocha (MDB) ???
A deputada Flávia Arruda (PL), que vinha mandando recados ao governador Ibaneis Rocha (MDB) de que estava muito difícil para ela segurar as pressões para que se candidate ao governo do Distrito Federal. Acabou se acertando com o Governador Ibaneis Rocha (MDB).
O plano original de Flávia e do seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, era que ela fosse candidata ao Senado na chapa de Ibaneis, e daqui a 4 anos, à sucessão dele. Isso daí, como pode ser constatado, já se confirmou ser o caminho seguido daqui pra frente. Mas, parece que temos uma reviravolta. Pois quem realmente quer disputar o GDF é quem lá já esteve.
Sim o José Roberto Arruda quer voltar
Mas como pode isso? Preso em 2010 no âmbito da operação Caixa de Pandora, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que perdeu os direitos políticos, tem um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) no qual pede a invalidação da inelegibilidade, prestes a entrar em pauta numa das Turmas. Ele está confiante.
Se cair a punição, ele sairá candidato ao governo do DF e a esposa, Flávia Arruda.. Candidata a alguma coisa no Congresso, isso é fato. E na chapa do governador Ibaneis Rocha, claro! Tudo caminharia, nesse sentido, para sua reeleição na Câmara porque para o Senado…
Bom, o relator do habeas corpus (HC 203367) é o ministro “terrivelmente evangélico” André Mendonça, apoiado por Flávia Arruda para a vaga no STF.
Mas e para o Senado?
Então, para atrapalhar o plano dos Arruda, entrou em cena a ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves, também candidata ao Senado. Damares foi lançada pelo Partido Republicanos a quem fora prometida a vaga de primeiro suplente de Flávia, mas o jogo ainda pode mudar e outra opção do Republicanos é emplacar o pastor Egmar Tavares, prata da casa para suplente ou vice-governador do DF. Lembrando que na campanha de 2018, a dobradinha foi Rogério Rosso ao Buriti e o pastor Egmar Tavares de vice.
E agora como é que fica? Se o casal Arruda, ou se Bolsonaro, que quer Flávia para o governo porque não confia em Ibaneis. O certo é que até agora não se sabe a resposta. Sabe-se apenas que o empresário Fernando Marques, dono da União Química, deverá ser o primeiro suplente de Flávia.
Marques é amigo de Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil. Tem negócios com o Ministério da Saúde. Esteve por trás da operação abortada da compra da vacina russa Sputnik contra a Covid-19. É também próximo do Presidente Bolsonaro.
A eleição para o Senado tem um turno só. Mesmo com vários candidatos, é disputada apenas uma única vaga. Como será este ano, quem obtiver 35% dos votos estará eleito. Para governador, a eleição se decide em segundo turno. Elege-se quem tiver 50% mais um dos votos.
O casal Arruda, a levar-se em conta a rejeição do marido, acha, e com razão, que seria mais fácil para Flávia eleger-se senadora este ano. Ao mandar recados para Ibaneis, na verdade, pode ser entendido como um pedido de ajuda para livrar Flávia das pressões que sofre para disputar o governo.
O cenário ainda pode mudar no decorrer das próximas semanas. A bem da verdade tudo pode acontecer e o cenário ser completamente diferente. Há quem diga que as partes blefam muito. Se o Republicanos receber algum tipo de compensação, poderá largar Damares de mão, deixando o espaço livre para Flávia se eleger senadora. Nessa seara tudo pode acontecer.
Vejam que em uma das possibilidades Flávia poderá ser candidata a deputada federal para não correr o risco de ser derrotada por Ibaneis. Em silêncio, mantém-se o senador José Antônio Machado Reguffe (União Brasil). Ele pode ser candidato à reeleição, embora seu coração bata pelo governo.
Reguffe não tem pressa. Nas eleições de 2018, Ibaneis só anunciou sua candidatura ao governo no dia 2 de agosto. Apenas na última semana de julho, Leila do Vôlei (PDT) e Izalci Lucas (PSDB) anunciaram que seriam candidatos às duas vagas no Senado.
Os três foram eleitos. Então tudo pode acontecer. Até agosto muita coisa pode mudar ou até mesmo se confirmar. Para se ter uma ideia de mais hipóteses na corrida eleitoral de 2022, há quem defenda Damares Alves para disputar o comando do DF. São as interrogações que ficam e vão sendo respondidas à medida em que a corrida eleitoral vai se intensificando.
Ibaneis segue firme e forte nos seus propósitos
Nestes dias, mais um capítulo da corrida eleitoral se confirma. O Governador Ibaneis Rocha e Flávia Arruda acertaram os ponteiros da caminhada. Durante um almoço eles confirmaram o acordo anterior de caminharem juntos, sendo ele como candidato à reeleição e ela na disputa pelo Senado.
Durante um encontro com o Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev-DF), na manhã deste sábado (7/5), Ibaneis afirmou que a campanha para a reeleição não será fácil e citou Flávia como sua aliada.
“Estamos em pré-campanha: eu, Flávia, Paco e Rafael Prudente. Estamos trabalhando para continuar fazendo o bem pelo DF. Saibam que as forças das orações nos ajudam muito. A caminhada é dura, não é fácil nem simples. É cheia de percalços e de dificuldades, mas quando a gente está do lado do bem, as coisas facilitam muito”, disse. Ibaneis
E se o STF libera José Roberto Arruda?
Se, porventura, acontecer do ex-governador ser liberado pela suprema corte para poder disputar as eleições de 2022, o caldo pode azedar para a chapa Flávia e Ibaneis. Que o Zé quer voltar a ocupar a principal cadeira do Buriti, isso não é novidade pra ninguém. Pois não é de hoje que José Roberto Arruda vem tentando, por meio de um habeas-corpus, anular sua inelegibilidade política, depois de ter sido incluído num esquema de corrupção durante seu governo. Ocorre que até o momento ele não teve êxito em suas tentativas. Mas agora, a coisa parece mudar um pouco de figura, pois o Ministro do Supremo que está a frente do processo é o Dr. André Mendonça que, como mencionado mais acima, recebeu apoio de Flávia Arruda na sua indicação ao Supremo. E agora José?
Só o tempo nos dará as respostas.
Estamos de olho!