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Falta de formação dificulta convívio entre docentes e estudantes, afirma gestor

Formação continuada traz melhorias de metodologia e de qualidade do ensino

Quando se fala em desafios na educação básica, a questão financeira é sempre um ponto relevante. Entre 2014 e 2016, o investimento nesta etapa foi reduzido de R$ 54,5 bilhões para R$ 52,2 bilhões. Já em 2016 e 2017, o valor chegou a R$ 56,3 bilhões. Apesar disso, é importante avaliar quais são os demais desafios enfrentados na educação e, em especial, durante o ensino médio.

Para o diretor escolar Almir Pacheco, a questão central é a formação continuada dos docentes e está atrelada à preparação para a sala de aula. “A falta dessa formação é o que afeta principalmente a qualidade de ensino, dificultando assim, o convívio entre professores e aluno”, afirma.

A formação continuada de profissionais da educação básica é um dos caminhos e é traçada pelo Ministério da Educação (MEC) para a rede pública de ensino. “São programas desenvolvidos para o aperfeiçoamento (teórico e prático) e a atualização profissional de professores, gestores e funcionários das redes públicas de ensino”, sinaliza o órgão.

Os subsídios são fornecidos em forma de bolsas de estudo e pesquisa destinadas a incentivar a participação de formadores, tutores, coordenadores. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) custeia bolsas de programas como a Escola de Gestores e o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.

Atuar com a formação continuada é, na opinião Pacheco, atualizar constantemente a maneira prover a educação dos alunos, que muda com frequência ao longo do tempo. “Há cinco anos, a metodologia e a didática de ensino eram totalmente diferentes, por isso, os professores precisam se atualizar”, constata o gestor.

Base Nacional Comum do Ensino Médio

Ao falar em desafios do Ensino Médio, um tópico colocado em evidência é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), finalizada pelo MEC em abril de 2008 e encaminhada ao Conselho Nacional de Educação nos meses seguintes. O documento definiu conteúdos que devem ser apreendidos pelos estudantes e ensinados nas escolas, além de definir competências e habilidades necessárias.

Tema de audiência pública em cinco capitais do país, a Base Nacional altera o tempo dedicado a cada disciplina, estabelece a obrigatoriedade apenas de Língua Portuguesa e Matemática em todas as séries e foca na valorização da educação profissional. Além disso, a expectativa é que a BNCC também traga alterações profundas no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio – a partir de 2021.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

 

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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