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Hospital do Gama restringirá pronto-atendimento infantil

Razão é a grande demanda somada à falta de profissionais. Demais unidades da rede farão o atendimento


 

A contratação de 22 profissionais temporários permitiu a reabertura do pronto-atendimento infantil do Hospital Regional do Gama. No entanto, o agravamento de problemas sazonais de saúde e a grande demanda vinda da região do entorno levou o hospital a operar nas últimas semanas com uma demanda que mais que dobrou com relação ao que era inicialmente previsto. De uma previsão inicial de cerca de dois mil atendimentos, no último mês a emergência do Gama atendeu 4.860 crianças.

 

Por exigência do Ministério Público, a contratação temporária foi feita pelo valor do piso de contratação de médicos pela rede pública. Assim, a baixa atratividade dos salários somada à grande quantidade de trabalho fez com que, dos 22 profissionais temporários contratados, nove pedissem exoneração apenas na primeira semana após a reabertura. Outros cinco saíram também na última semana. A isso se soma a baixa oferta de médicos pediatras de um modo geral, um problema que afeta não apenas o Distrito Federal. Diante do quadro, a Secretaria de Saúde viu-se obrigada a restringir, a partir desta quarta-feira (12) o pronto-atendimento infantil no Gama por tempo indeterminado. Os demais hospitais da rede estarão prontos para atender aos casos urgentes e emergentes que vinham sendo encaminhados para lá.

 

Os pacientes menos graves devem procurar a atenção primária, nos centros de saúde e clínicas de família da região onde moram. Para urgência e emergência,os atendimentos serão feitos no Hospital Regional da Asa Norte, Brazlândia, Ceilândia, Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), Guará, Paranoá, Planaltina, Sobradinho e Taguatinga.

 

SOLUÇÃO – A Secretaria de Saúde busca alternativas para solucionar o problema e reabrir o pronto-atendimento infantil do Hospital Regional do Gama o mais rápido possível. Nesta quarta-feira (12,) será realizada uma reunião entre a pasta e 11 pediatras da Região Sul que não aderiram à conversão do modelo de atenção para Estratégia Saúde da Família, para que eles possam reforçar o atendimento no hospital.

 

DEMANDA – A falta de profissionais, problema enfrentado nacionalmente, e o aumento da demanda não afetaram apenas o Gama. De janeiro para março deste ano, o número de atendimentos de pediatria praticamente dobrou na rede de saúde do DF, passando de 26.017 para 46.775.

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