Segundo a fonoaudióloga Cristina Batista, problemas de aprendizagem podem estar relacionados à perda de audição
Com o retorno às aulas se aproximando, é muito importante que os pais fiquem atentos à qualidade da audição das crianças. Isso porque os problemas de aprendizagem podem estar relacionados à perda auditiva. Por exemplo, muitas crianças apresentam dificuldades na fase de alfabetização porque não conseguem escutar o que o professor diz. Segundo a fonoaudióloga Cristina Batista, da Clínica Para Ouvir, os pais não costumam notar que a causa do problema pode ser a perda auditiva e frequentemente confundem com déficit de atenção, falta de concentração ou, ainda, desinteresse pelos estudos.
“Por isso, é muito importante que os alunos realizem um check-up auditivo anualmente”, pontua a especialista em audiologia. “Por meio do exame de audiometria, que mede a capacidade de uma pessoa ouvir diferentes sons, tons ou frequências, conseguimos identificar se a criança apresenta algum tipo de deficiência na audição”, explica. “O exame fornece o tipo e o grau de perda auditiva, informações fundamentais para determinar o tipo de tratamento mais indicado”, complementa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 32 milhões de crianças no mundo possuem algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 40% têm como causa problemas genéticos e 31%, infecções como sarampo, rubéola e meningite. Cristina explica que alguns sinais de alerta ajudam a identificar se os pequenos têm perda auditiva.
“Alguns indicativos são assistir à televisão em um volume mais alto que outros membros da família, pedir para repetir o que foi dito, falar mais alto que o habitual e posicionar um dos ouvidos para a frente quando está ouvindo”, afirma. Além disso, a fonoaudióloga aponta que é preciso ficar atento a possíveis alterações no comportamento em sala de aula, queda brusca de rendimento e desatenção frequente. Quanto mais cedo a criança é diagnosticada e tratada, menor é o impacto no desenvolvimento da fala, da linguagem e no desempenho escolar da criança.
*Com informações da Agência Que Vibra – 11/01/2021