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Gama: Uma ilha cercada de lixo
O governo convive pacificamente com ação de grileiros, invasores de área pública e causadores de danos ambientais. Não é preciso ser técnico, nem perito para perceber essa questão, basta gostar da cidade para notar que a cada dia a situação só piora.
A região administrativa do Gama – RAII, conhecida por sua beleza cênica e, por ser construída sobre um grande platô, é uma área de encosta protegida por Lei nº 9.985/2000. Ela, vem sofrendo com o descaso do governo de Brasília. Parece que o fato da cidade ser formada por parques, reservas biológicas e ter grande potencial ecológico é motivo para penalidades, quando deveria ser o contrário.
Um governo pobre de recursos que deveria buscar no patrimônio natural uma alternativa de renda para o turismo ecológico, educação ambiental e lazer para a população, age no sentido contrário. Até parece que o governo quer esconder o seu potencial e ainda comente um delido, causando danos ao meio ambiente.
A administração regional e Novacap, com suas máquinas poderosas, tenta esconder a sua incapacidade, empurrando o lixo para debaixo do tapete, ou seja: para dentro das encostas, aumentando o dano ao meio ambiente.
A queima de resíduos que deveriam estar enriquecendo o solo é outro motivo das reclamações dos moradores. A poeira deixada pelos caminhões que circulam permanentemente próximo das quadras 30, 31 e 32 do Setor Oeste é muito densa.
Essas quadras são vizinhas de um importante monumento natural, a cachoeira da Loca, que está dentro do Parque Ecológico Ponte Alto Norte. Este deveria estar aberto à população, mas a ação de grileiros coíbe o acesso e o poder público fecha os olhos!
Revolta dos moradores
Sr. Formiga, conhecido como prefeito comunitário da quadra 30 do setor Oeste e responsável pelos jardins comunitários entre-quadras que virou modelo para cidade. “Já fiz todo tipo de reclamação, estou aguardando um posicionamento das autoridades competentes, não podemos ficar de braças cruzados alguém tem que fazer alguma coisa eu estou fazendo a minha parte”, disse.
Helma, moradora da quadra 30 já não tem esperança para uma solução. “Não é possível que ninguém está vendo, está incomodando, essa poeira e a fumaça de lixo queimado virou uma rotina, quero saber quem vai tomar as providencias sobre isso”, disse a moradora.
“Não faz bem para saúde, gostaria que as autoridades tomassem providências. Já reclamamos várias vezes, mas ninguém resolve nada”, disse Lurdes, outra moradora da quadra 32 do mesmo setor.
A moradora diz que apesar de morar à três quadras de onde os caminhões descarregam os lixos e entulhos, ainda sofre com a fumaça. “Quem tem problema de respiração só agrava a situação ainda mais que o hospital já não tem médico”, disse indignada Adelita
Será que o Ministério Público, Defensoria Pública, IBRAM, AGEFIS, não estão vendo?
E as futuras gerações como fica?. Será que é isso que vamos deixar para os nossos filhos?
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Da redação do portal Gama Cidadão
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