A pandemia do coronavírus tem impactado a vida de muita gente. Diante da disseminação global, uma crise se instalou em todas as regiões do país. De fato, a doença respiratória ainda causa pânico, mas ao mesmo tempo, tem tornado as pessoas mais sensíveis e solidárias.
É que diante de uma situação tão delicada, em que a fragilidade humana está exposta, o esforço coletivo em prol do bem comum é tido como uma das ferramentas mais poderosas.
Ações como doação de dinheiro e produtos se tornaram rotineiras. E não é só isso, a disposição das pessoas que se doam através da fabricação de máscaras e até mesmo que se disponibilizam para orar, oferecer uma palavra de confortou ou um gesto amigo, são atitudes que podem ser presenciadas a cada dia.
É por isso que o termo “como ajudar” tem batido recordes de pesquisas no Google. Os registros da plataforma de buscas apontam que as pessoas nunca fizeram tantas pesquisas com a expressão como agora. Nas pesquisas, as frases “como doar e “cesta básica” também surgem com frequência.
As campanhas estão sendo organizadas em todo o país. O combate ao coronavírus impulsionou a publicação de novos projetos em diversos setores. A Fiocruz, criou o Unidos pela Fiocruz. A verba arrecadada pela instituição será destinada para a construção de uma unidade hospitalar, e também para manutenção de pesquisas e cuidados com pacientes. As doações podem ser feitas através do unidos.fiocruz.br.
Outro projeto importante é o ParaQuemDoar.com, uma iniciativa da Rede Globo, no qual organizações e movimentos sociais de todo o país, se uniram para criar ações de combate para o enfrentamento do coronavírus.
Anônimos também fazem a diferença
Não são só os donos de grandes organizações que têm tomado iniciativa, proprietários de negócios locais, também tem buscado contribuir. Um dos exemplos, é o do baiano Thiago de Teive. Para ele, ajudar outras pessoas é como dar um retorno à todas as coisas boas que já lhe aconteceram.
De origem humilde, o hoje dono de um salão de beleza em Salvador criou um voucher com serviços estéticos no valor de R$ 100. Todo o valor arrecadado é revertido para vai a compra de cestas básicas. O profissional também arrecada roupas, alimentos e sempre se envolve em campanhas solidárias, como distribuição de ovos de páscoa e sopa.
“Me vi nessa posição de lembrar o que eu já passei e que agora tem muitas pessoas passando por uma situação difícil. Eu costumo dizer que a gente precisa ter três coisas na vida para ficarmos bem: muito amor, muita tolerância e humildade. E a solidariedade é algo que sempre temos que ter. Então nesse momento mais difícil, temos que ajudar muito mesmo”, explica Thiago.
Ele e todos os voluntários envolvidos no projeto também se preocupam com a segurança e exposição à contaminação. “Se a gente se contaminar, não vamos ter como trabalhar para ajudar as pessoas. Então temos que ficar em casa, fazendo o possível que dá pra fazer”, conclui Thiago. Para ajudá-lo, basta entrar em contato por meio do perfil @thiagoteivestudiohair, no instagram.
Outras mídias digitais também estão sendo utilizadas para arrecadação. Com o objetivo de ajudar as mulheres em situação de rua, o coletivo feminista Salve as Manas está buscando recursos para a montagem de kits higiênicos. O grupo, tem como objetivo arrecadar calcinhas, absorventes, escova de dente, creme dental, sabonete, shampoo, além de outros itens de limpeza pessoal para distribuição.
“Nós vemos pouco movimentos sobre doação de absorventes, por exemplo. Então, como somos um coletivo feminista, nos reunimos e pensamos como, na quarentena, poderíamos dar suporte a essas mulheres”, comenta a estudante de psicologia Beatriz Amorim, participante do coletivo, que é composto por 22 mulheres. As doações via vaquinha podem ser feitas até o próximo dia 30, clicando aqui. Para doação em materiais, o contato pode ser feito através do perfil do coletivo no instagram, o @_salveasmanas.
Como ajudar na crise do coronavírus?
Faça vaquinhas
Você pode organizar vaquinhas online assim como fez o coletivo Salve as Manas. O valor do dinheiro arrecadado não é o mais importante, e sim, a iniciativa. Agora, fique atento as plataformas que estão disponíveis para fazer a vaquinha. Leia com atenção as regras do site, descubra se é seguro e quais cobranças são feitas.
Ajude os idosos
Todos sabem que os idosos fazem parte do grupo de risco. Por isso, se tiver vizinhos com mais idade, se ofereça para ir ao mercado, retirar o lixo de casa, ir a farmácia ou levar o cachorro para passear. Mantenha a distância quando for conversar com eles, use máscara e luvas e sempre esteja higienizado. Se puder, lembre-os sobre a importância de se proteger e também de limpar as sacolas de supermercados.
Compre do pequeno empreendedor
Os donos de pequenos negócios podem enfrentar ainda mais dificuldades com a diminuição de clientes. Sempre que precisar de um produto ou alimento, procure os donos de pequenos negócios. Os feirantes que têm uma barraquinha de verduras perto da sua casa, pode estar precisando ainda mais daquele trabalho.
Antes de sair, verifique se o que você precisa não está sendo entregue em domicílio. Assim, você evita estar na rua e diminui o risco de contaminação.
Doe sangue
Pacientes que sofrem com anemias crônicas, tiveram hemorragias ou passaram por alguma complicação certamente irão precisar de sangue. Por isso, entre em contato com os bancos de sangue mais próximos e descubra como esse serviço está funcionando.
Posso ajudar?
Assim como um gesto solidário, as palavras amigas mudam completamente o dia de uma pessoa. Se souber de um amigo ou familiar que perdeu o emprego, pergunte como essa pessoa tem passado e se ela precisa de algum tipo de ajuda.
Nesses momentos, em que não podemos estar presentes fisicamente, o contato, ainda que virtual é muito importante. Atitudes como essa mostra o quanto essas pessoas importam e que elas não passarão por esse momento de dificuldade sozinhas.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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