Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que contempla a média salarial em todas as áreas de atuação em âmbito nacional, confirmou uma disparidade de remuneração no mercado de trabalho. As carreiras de saúde estão entre as mais bem pagas do país e as oportunidades de atuação costumam ser bem numerosas em várias regiões.
Apesar dessa tendência, um estudo sobre o retorno salarial de diplomas universitários em diferentes carreiras na Inglaterra alerta para a investigação desse tema em todos os países. A pesquisa foi realizada pelo Institute For Fiscal Studies (IFS) e mostrou que os médicos têm ganhos maiores do que o salário médio de todas as carreiras universitárias (70%). Economistas vêm em segundo lugar (45%) e matemáticos aparecem em terceiro lugar (30%) no Reino Unido.
Outro aspecto revelado na pesquisa foi o motivo dessa alta remuneração. Entre as característica analisadas foram apontadas nível socioeconômico da família, notas prévias na educação básica, etnia e instituição onde a graduação foi concluída. Na medicina, tirando todos esses motivos, a vantagem salarial em relação à média cai para 30%.
O retorno salarial não é único motivo para quem decide cursar uma faculdade na área de saúde. Naiara Nascimento, de 24 anos, está no sétimo semestre de Enfermagem e não pensa tanto na remuneração que pode ganhar após concluir o curso. “Eu sei que, dependendo das minhas especializações, meu salário pode aumentar muito, mas essa não é a minha principal preocupação”, garante a estudante que sempre quis seguir essa área. “Eu gosto de cuidar do outro, me sinto bem exercendo essa função”, acrescentou a estudante da Estácio.
Bruna Caires está no último semestre do curso de Farmácia da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e pensa da mesma forma que Naiara. “Quando decidir entrar no curso não pensei na remuneração. Escolhi essa área porque gostava de química na época do ensino médio e uma amiga falou que eu poderia gostar do curso”. Bruna também explicou que é muito importante decidir com calma que graduação fazer e não pensar apenas na remuneração. “Muita gente acaba escolhendo um curso sem saber nada sobre ele e isso pode fazer com que, no futuro, acabem surgindo alguns arrependimentos”, concluiu.
Os salários desses profissionais variam de acordo com a experiência, especialidade e região de atuação. Muitas pessoas também acumulam funções diferentes em cada emprego, ajudando assim, que conquistem uma renda ainda maior. Essa predisposição explica em parte porque as graduações de medicina, odontologia, veterinária e enfermagem estão entre os cursos superiores mais procurados nos vestibulares.
Confira os cursos mais bem pagos na área de saúde:
- Medicina – Os médicos estão entre os profissionais com os melhores salários do país. O curso superior de medicina tem duração média de seis anos mais um ano de residência médica.
Salário médio – 8.400
- Odontologia – A carreira de dentista é considerada a segunda melhor do país em retorno financeiro. A duração do curso varia entre quatro e seis anos.
Salário médio – 5.300
- Veterinária – O curso de medicina veterinária dura, em média, cinco anos. Os melhores salários da carreira estão no serviço público e na indústria de produtos de origem animal e veterinários.
Salário médio – 4.300
- Farmácia – O curso superior de farmácia, em grau de bacharelado, tem duração média de cinco anos. Esse é o setor que tem uma das taxas mais altas de ocupação. Segundo o Ipea, 94,30% dos farmacêuticos brasileiros estão empregados.
Salário médio – 4. 067
- Enfermagem – O curso superior de enfermagem, em grau de bacharelado, tem duração média de quatro anos. Os hospitais particulares são os que mais contratam enfermeiros. Se esses profissionais conquistam cargo de chefia, podem ganhar até R$ 10 mil.
Salário médio – 3.500
Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil