O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como o próprio nome já indica, serve para medir a qualidade do ensino médio no país. Contudo, há no perfil dos participantes diferentes realidades. Entre elas, estão os marinheiros de primeira viagem e aqueles que farão a prova novamente pensando na segunda graduação.
Formado em Administração com ênfase em Recursos Humanos, o servidor público Valmir Santos, 42 anos, faz parte do segundo perfil. Formado há 10 anos, agora ele retoma à maratona de provas do Enem para concorrer a uma vaga no curso de gastronomia.
“Paralelo ao trabalho de servidor público, eu já cozinho e forneço para eventos, também produzo alimentos congelados – tipo caldo, sarapatel entre outros. Então essa segunda graduação é para ter o título de algo que eu já faço no dia a dia, além de entrar na área de gastronomia com maiores conhecimentos”, explica Valmir. O foco é o curso oferecido pela Universidade Federal da Bahia, que desde 2009 aceita o Enem como parâmetro de entrada de alunos na instituição, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Diferentemente dos candidatos que farão o exame pela primeira vez, com a tensão da escolha da futura carreira, Valmir não carrega a apreensão de estar fazendo a prova como algo decisivo em sua vida. Isso faz com que ele vá fazer o exame com maior tranquilidade, apostando no conteúdo que já possui.
“Acho que o participante mais jovem está mais preparado para esta etapa do cansaço físico e mental na hora da prova. Se eu passar, beleza! Se não, está tudo bem também, eu posso recorrer a outros caminhos”, diz.
Quem pode fazer o Enem?
Qualquer pessoa pode fazer o Enem, o que muda é a forma como o resultado da prova poderá ser usado. No caso das pessoas que já possuem uma graduação, caso elas desejem um curso na rede privada, não poderão fazer por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni), que é destinado apenas para quem ainda não tem ensino superior.
O mesmo não acontece com o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o qual as instituições federais e estaduais utilizam como sistema de seleção dos alunos. O candidato graduado deverá atentar apenas no tipo de concorrência, se com cotas raciais ou sociais.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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