Meio Ambiente e Sustentabilidade
Parque Vivencial Urbano caminha a passos lentos e até o momento não foi concluído
A conclusão do Parque Urbano e Vivencial do Gama, PUVG, continua sem data definida. Apesar de estar a muito tempo em “obras”. O parque faz parte do programa “Brasília, Cidade Parque”, que tem por objetivo a revitalização e implantação de 72 parques.
Até um concurso para escolha do projeto arquitetônico do PUVG já foi realizado. Mas nada de parque pronto, as obras vêm a passos lentos. Enquanto isso, a comunidade se revolta e assiste a área ser ocupada por construções irregulares. O que era para ser um local de lazer para os moradores tem igrejas, chácaras e associações que ainda ocupam algumas partes do parque.
Os gamenses que aguardam desde 1984 a implantação do PUVG. No ano, a área de 590 mil m² foi catalogada como área de proteção ambiental. O local também está previsto no Plano Diretor do Gama e foi instituído pela Lei 1.959/98. No entanto, a legislação foi declarada inconstitucional depois de uma ação movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, MPDFT, pois cabe apenas ao executivo criar projetos que tratam do uso de solo. Apesar da inconstitucionalidade da Lei, outros meios legais garantem a implantação do PUVG.
Saindo do papel?
Para a construção do Parque, a Secretaria de Estado de Habitação Regularização e Desenvolvimento Urbano, Sedhab, realizou em 2012 Concurso Público Nacional de Estudos Preliminares de Arquitetura e Paisagismo para o Parque Urbano e Vivencial do Gama. O projeto foi escolhido por uma comissão julgadora.
Em paralelo aos conflitos legais a cerca do Parque Urbano e Vivencial do Gama, o GDF segue com o “Programa Brasília, Cidade Parque”. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos a previsão é que até o final do ano 32 parques receberiam investimentos. Ao todo, 72 parques fazem parte do programa. Alguns já estão prontos e entregues, como é o caso do Parque SaburoOnoyama em Taguatinga. O do Gama ainda não foi concluído.
A demora na conclusão do projeto vem deixando os moradores incomodados. Os trabalhos estão em andamento, a pista de caminhada do lado norte começou a tomar forma, já há estacionamentos, a sede do parque e os campos sintéticos estão sendo construídos. Mas nada do parque ficar pronto. Era para esta obra já estar concluída, mas ela caminha bem devagar. No final da obra o parque deverá ficar conforme mostrado no prospecto abaixo.
Parque gera benefícios para a cidade
Qualidade de vida; desenvolvimento econômico; preservação dos recursos ambientais e históricos; oportunidades educacionais e de pesquisas. Esses são alguns impactos positivos que a instalação de um parque causa na região contemplada, explica o professor do Núcleo de Estudos Socioambientais da Universidade de Brasília e ex-presidente do Instituto Brasília Ambiental, Gustavo Souto Maior. O especialista explica que um parque não fica isolado, pelo contrário, ele desencadeia benefícios que refletem em toda a sociedade.
Souto Maior destaca o papel econômico. “Um parque bem instalado em uma região ele melhora a economia de uma região. Ele atrai investimento para aquela região”. Estudo feito pelo Departamento de Economia da UnB na Asa Norte, região onde está situado o Parque Olhos D’Água, comprovou que após a implantação do Parque os imóveis valorizaram em média 20%. Além das empresas que decidiram investir no comércio local.
O Parque Urbano e Vivencial do Gama tem potencial turístico e irá privilegiar, inclusive, os moradores do entorno, e movimentar a cidade, defende Alex Ribeiro, 40, presidente interino do Conselho Comunitário do Setor Norte do Gama. “É um parque que oferece condições para fazer lago artificial, por exemplo, para abrigar vegetações típicas do cerrado e proporcionar lazer e esporte para o Gama, Santa Maria, Recanto das Emas e para outras cidades que ficam próximas. Ao invés dos moradores irem para outros parques, ficarão aqui no Gama”, disse.
Esperamos que com a nova gestão implantada pelo governador eleito, Rodrigo Rollemberg, as obras andem mais rapidamente e o parque seja finalmente concluído e entregue a população.
Da redação do Gama Cidadão
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