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“Parque da Cidade: Galeria a Céu Aberto” tem lançamento neste sábado com grafiteiras do DF em live painting
A primeira intervenção artística na Administração do Parque da Cidade vai contar com os trabalhos das artistas Carli Ramos, Fê8, Juba, Key Amorim, Marina Martinelli, Michelle Cunha e Rayssa Miah.
Inaugurado em 1978, o Parque Dona Sarah Kubitschek está entre os maiores parques urbanos do mundo, pois é o maior parque urbano do Brasil e também o maior da América Latina. Com uma área de 420 hectares supera em extensão o mundialmente famoso Central Park, localizado em Nova York, que conta com 320 hectares. O parque brasiliense impressiona não só pelo seu tamanho, mas também pela sua beleza.
Por si só o parque já poderia ser considerado uma obra de arte pois foi concebido com projeto de Lúcio Costa, desenho paisagístico de Burle Marx, edificações projetadas por Oscar Niemeyer, além de contar os icônicos azulejos de Athos Bulcão. Deste modo, este projeto pretende ampliar essa vocação para a consagração da arte que o Parque possui, fornecendo programas para conectar os visitantes com experiências que são transformadoras, inesperadas e inspiradoras, tornando o Parque Dona Sarah Kubitschek um espaço nacional de classe mundial com a integração e valorização da arte como um elemento essencial para a experiência e interpretação do visitante, promovendo artes e cultura, celebrando diversidade, construindo conexões comunitárias e energizando o parque, tendo como principal fonte de inspiração o Millenium Park, nos Estados Unidos, conhecido pela sua arquitetura e obras de arte contemporâneas, que atraem milhares de turistas todos anos, fomentando a economia criativa da cidade de Chicago.
Com este fim, o projeto “Parque da Cidade: Galeria a Céu Aberto” apoiará eventos, exposições, produção de obras temporárias ou permanentes, localizadas em todo o parque, tanto na paisagem como nos edifícios, bem como intervenções, onde todas as linguagens artísticas serão celebradas, como pinturas, esculturas de todos os materiais, meios mistos, efêmeros, fotografia, digital e outras mídias, dança, performance e música, ampliando a experiência do visitante e a compreensão de seus recursos naturais e culturais, proporcionando também a possibilidade de artistas emergentes exibirem seus trabalhos e alcançarem públicos mais amplos, através da variedade de estilos, formas, materiais e concepções. Com a colaboração de um grupo diversificado de organizações artísticas e artistas, o projeto contribuirá para fomentar o envolvimento de uma comunidade vibrante, aumentando o engajamento artístico da sociedade.
Para inaugurar o projeto, no dia 24 de agosto (sábado), artistas mulheres do Grafite de Brasília vão colorir aAdministração do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, a partir de 10 horas. As ações de Grafite têm início às 10 horas e seguem durante todo o dia e o público vai poder acompanhar o trabalho das artistas, que culmina com o lançamento do projeto “Parque da Cidade: Galeria a Céu Aberto” às 16 horas.
A primeira intervenção artística na Administração do Parque da Cidade vai contar com os trabalhos das artistas Carli Ramos, Fê8, Juba, Key Amorim, Marina Martinelli, Michelle Cunha e Rayssa Miah.
Sobre as artistas:
Carli Ramos – Ayô – Artista plástica e Designer formada pela Universidade de Brasilia, seus primeiros trabalhos surgiram ainda na infância, ha três anos conheceu algumas grafiteiras atuantes no cenário brasiliense e assim começou a pintar na rua, seu trabalho envolve pintura em tela, graffiti, costura, customização e oficinas. Sua temática aborda a arte e o grafismo afro indígena.
Michelle Cunha é paraense, artista desde os 17 anos, professora de artes visuais, pintora e artista gráfica, foi abduzida pela arte de rua faz tempo, pousou seu atelier em Brasília desde 2007. tem mania de pixar corujinhas buraqueiras pelos cantos de Brasília , inventou isso em 2012, depois foi ampliando esse diálogo com a rua e percebeu que haviam poucas minas grafitado, iniciou por conta própria em 2016 um projeto de oficinas de graffiti para mulheres, realizou desde então 08 oficinas e alcançou um público de mais de 120 mulheres de várias idades e realidades. Tem um atelier no Jardim botânico onde cria, expõe seus trabalhos e dar aulas. Continua brincando em telas, papéis e muros.
Marina Martinelli é conhecida como Botox Crew 55 anos e pinta nas ruas e em clinicas de botox com muitas cores vibrantes mandalas fores e borboletas
Juba é também conhecida como esquinaparanoiadelirante, explora o universo lúdico em seus personagens dentro da Street Art dando visibilidade a força feminina nas ruas de Brasília. Multiartista Visual Independente e futura educadora trabalha com varias técnicas além do graffiti, como ilustração digital, bordado e pintura em tecidos. Se inspira na natureza pra criar e acredita que a arte ressignifica o ser e engrandece a alma.
Fê8 é uma das primeiras grafiteiras de Brasília, iniciou suas pinturas na rua em 2003. Sempre se inspirou na coragem, ação e movimento para ir para a rua pintar. Seus grafites são bem coloridos e fortes. Fê8 estudou artes plásticas e além do grafite, trabalha com ilustrações e diversas outras modalidades como aquarela, telas, pintura em roupas, mandalas em lã, etc.
Key Amorim começou sua trajetória artística ainda na infância, estudou teatro e balé na adolescência através de projetos sociais, mas foi após ser acometida por uma síndrome rara que encontrou no graffiti uma maneira de expressar suas vivências com arte.
Após o diagnóstico de síndrome de Guillain Barré teve que se adaptar a uma nova realidade de vida, limitações e aprender novas formas de se expressar e realizar diversas tarefas. Durante o tratamento, o graffiti foi o trampolim para expressar seu o amor pela arte, suas vivências e encarar essa fase. Seu trabalho é focado no empoderamento negro, feminino, superação de barreiras e inclusão social trazendo fortes personagens femininos. A Artista Urbana e DJ natural de Ceilândia e moradora de Águas Lindas de Goiás procura alcançar com arte pessoas e comunidades onde o acesso é limitado ou não existe utilizando linguagem atual e elementos que trazem a vivencia desses lugares a fim de estreitar a distância e aumentar a auto-identificação com as próprias culturas, para assim fomentar a produção de arte nesses locais, inspirar o empoderamento e transformar a forma como as pessoas enxergam e vivenciam o mundo.
Raissa Miah, ou apenas Miah é Grafiteira acompanhou as transformações da cena de arte urbana ao longo de mais de 10 anos no DF. Fez parte das primeiras gerações de grafiteiras da cidade. Hoje se dedica a pintar a figura feminina, ressignificando a imagem da mulher, trazendo um olhar mais gentil e amoroso. Seus painéis também mesclam um estilo de graffiti mais “raiz” com muitas letras, sua marca registrada. Miah segue se descobrindo, expressando e compartilhando vivências que alimentam a sua liberdade e de outras mulheres.