Lei federal proíbe escolas de solicitar materiais de uso coletivo. Em Marília, diferença no preço das lapiseiras pode chegar até 200%
Pais e filhos devem criar estratégias na hora de comprar o material escolar, segundo os especialistas. É preciso ficar atento às compras, já que a partir deste ano, uma lei federal proíbe que as escolas encaminhem lista de materiais de uso coletivo, como papel higiênico e sabonete.
Em Marília (SP), uma caixa de lápis de cor de uma marca custa R$ 3,40, enquanto outra é vendida a R$ 18. Já um caderno com dez matérias pode sair por R$ 32 ou por R$ 17, dependendo dos personagens que estão na capa.
A diferença de preço entre as lapiseiras passa dos 200% em Marília, com valores entre R$ 1,31 e R$ 25. A administradora Fernanda Teixeira tem algumas estratégias na hora de gastar menos na compra do material dos filhos. Ela ouve a opinião das outras mães e faz pesquisa de mercado nas prateleiras. “A gente tirou um xerox das listas e distribuiu nas papelarias que tem material escolar. Depois nós pegamos o orçamento e preço de cada item da relação e vê quanto custa cada item da relação”, ressalta a administradora.
Outra dica dos especialistas é, de preferência, não levar os filhos na hora da compra já que as crianças são facilmente seduzidas e, o que elas gostam, normalmente, custa mais caro. “Uma das análises que pude observar é que se você pode gastar quase R$ 1 mil se comprar tudo o que os filhos querem. Já se os pais forem sozinhos, a despesa cai para R$ 650, pegando os 70 itens que abrangem tudo. O visual que é colocado aos olhos das crianças é muito chamativo”, orienta o economista Eduardo Rino.
O gerente de uma papelaria de Marília diz que a cada ano aumentam as opções de produtos no mercado. “Todos os anos temos muita variedade e lançamentos. O material escolar hoje tem uma linha muito abrangente. Os fornecedores têm investido em personagens e inovações, o que garante mais opções para o consumidor”, afirma Alexandre Guedes.
No entanto, nem é sempre possível deixar os filhos em casa e muitas vezes eles querem ter a opinião ouvida, ou seja, o jeito é negociar. “Eu deixo meus filhos escolherem metade e o resto eu decido. Desta forma, eles conseguem distinguir o preço das coisas. Tem que olhar as coisas que eles gostam, mas ver o preço também ”, comenta a gerente financeira Denise Bueno.

Pais devem pesquisar antes de comprar material escolar dos filhos (Foto: Magda Oliveira/G1)