Carnaval 2016: Bloco do Pacotão mantendo a ironia
Criado por jornalistas, o Pacotão foi o primeiro bloco carnavalesco a desfilar na Capital da República, porque os profissionais da área de comunicação, responsáveis por cobrir os assuntos do Palácio do Planalto, ficavam em Brasília durante os festejos de Momo, mas nada tinham para fazer nas horas de folga. Então, nas redações vazias, começou o bate latas — disse um veterano da área. O Bloco passou por diversas fases. Ouve uma época, logo no início, que o Pacotão não passava de meia dúzia de intelectuais. Depois, chegou a circular pela cidade um boato de que a folia dos jornalistas havia acabado. Engano total. Foi exatamente nessa época que o reinado emergiu das cinzas, mudou-se definitivamente para o Conic onde encontrou solo fértil para acender as chamas. Foi ali que Cicinho, um veterano das comunicações, assumiu por mais de dez anos a liderança dos concursos das marchinhas. Só agora, no último certame, que Paulão de Varadeiro sagrou-se vencedor. Ainda assim há quem diga que houve marmelada, não que Paulão não mereça o prêmio, mas é que a linguagem anárquica de Cicinho deixou sua marca. O deboche com as autoridades vigentes vem desde os tempos em que a inflação era o bicho papão da administração pública. A cada semana o governo divulgava um novo pacote. Vem daí o nome do bloco mais antigo e irreverente da cidade.
Quem disse que o Pacotão encolheu?
O Rei do Pacotão sendo cortejado na carruagem imperial.
Zuzu esbanjando alegria.
Vá tomar no Cunha
Beleza e graça.
Dinastia do samba.
A nova geração do samba garante o futuro do Pacotão. Do Gama para o mundo, do mundo para o Gama. Beleza pura.
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