Os becos do Gama, o TJDF, o GDF, e o escândalo da propina
É esse o título de artigo publicado na edição 312 (fevereiro de 2013) do Informativo Bico, jornal mensal do Gama que começou a circular nesta terça (20/2), com mais de 50 mil exemplares. Além de ser distribuído no Gama, Santa Maria e em outras regiões administrativas do DF, o jornal chega a órgãos públicos, incluindo a CLDF.
O artigo critica a postura do governo do DF –e de deputados distritais– em continuar tentando destruir o projeto urbanístico do Gama que, segundo salienta o texto, é um dos melhores do país. O projeto do Gama, que é de 1960, tem como autor o renomado arquiteto urbanista Paulo Hungria, que muito bem planejou passagens de pedestres entre os conjuntos de casas das quadras residenciais da cidade. A essas áreas, alguns chamam de becos. Elas visam não só encurtar distâncias, mas também o equilíbrio do meio ambiente, pois servem de áreas verdes, têm a função de absorver e escoar as águas pluviais, melhorar a ventilação das quadras, e também se constituem em espaço de lazer para crianças e adultos.
Além de denunciar a tentativa de destruição do projeto urbanístico da cidade, o artigo desafia o GDF a divulgar as apurações da Polícia Civil, e também da sindicância aberta na Codhab, para investigar o rumoroso escândalo que teria envolvido o pagamento de propina a servidor da Companhia para que militares da PM e dos Bombeiros fossem incluídos no programa de doações de “becos” no Gama.
O escândalo é aquele que, em abril de 2010, explodiu nos jornais, rádios e TVs da Capital, mostrando a apreensão de computadores e documentos da Codhab, além da prisão de servidor da Companhia (homem da confiança de determinado deputado distrital) que teria fraudado a lista do “programa” de moradia para militares da PM e Bombeiros.
Ainda lembra o artigo do “Informativo Bico”, que três leis distritais que trataram da doação dos “becos” do Gama a militares da PM e dos Bombeiros já foram anuladas pela Justiça, mas que o governo e deputados criaram outra. Esta última, a 857, de 12/12/2012, tem contra si uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público do DF, que acusa de ser a lei uma nova tentativa de se inserir no mundo jurídico um dispositivo semelhante a três anteriormente anulados. Clique aqui e leia a Petição Inicial do MPDF.
Outros fatos são explorados no artigo, que, inclusive, traz foto de 15 de fevereiro de 2013 de uma passagem de pedestres sendo ocupada, com homens trabalhando no local. O início da invasão teria ocorrido em 8 de fevereiro, na semana anterior ao Carnaval. Até mesmo pela lei 857 de 12 de dezembro de 2012, os “becos” que não estivessem sendo ocupados como moradia na data da publicação da lei (12/12/2012) teriam que permanecer como bens de uso comum do povo, como patrimônio público. Mas as invasões continuam e, como bem acentuou o artigo, “sob as barbas mal-amanhadas dos governantes”.
Para ler o texto integral do artigo publicado no jornal, pegue seu exemplar do “Informativo Bico”, que pode ser encontrado em padarias, farmácias, mercearias, agências bancárias, rodoviária do Gama, e outros espaços com grande afluência de pessoas.
Dê um clique na imagem abaixo e leia um trecho do artigo publicado no “Informativo Bico”. A invasão mostrada na foto é, segundo informação de autor do artigo, da área pública vizinha ao lote residencial 120 da Quadra 11, do Setor Oeste.
Fonte: Blog GamaLivre / Jornal Informativo Bico
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