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Negros fazem sucesso nos telejornais da televisão brasileira
No mês da consciência negra é sempre bom lembrarmos de casos de sucesso. A jornalista Maria Júlia Coutinho faz história na Rede Globo de Televisão. Já há muito tempo atuando como a mulher do tempo no telejornal principal do canal aberto do grupo, o Jornal Nacional, “Maju” como é conhecida faz história.
No dia (30) de outubro, coube a Maju, ao vivo dar a importante NOTA da TV Globo, sobre as ofensas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que reagiu de forma “bastante exaltada”, como ele mesmo descreveu, à reportagem do Jornal Nacional, do dia (29) de outubro, que fez menção ao seu nome na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O presidente Jair Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo na noite do mesmo dia da reportagem em questão, veiculada no Jornal Nacional, para demonstrar seu descontentamento com uma matéria da TV Globo.
Após a aposentadoria do jornalista e apresentador, Sérgio Chapelin, que comandou na emissora dentre a bancada dos principais telejornais o programa de documentários Globo Repórter. Onde esteve por mais de 40 anos. Ocorreu na Globo um rearranjo de alguns dos seus jornalistas. A jornalista e apresentadora Sandra Annemberg, que vinha comandando a bancada do Jornal Hoje, as vezes dividindo com o colega Dony De Nuccio, deixou a bancada do jornal para assumir o comando do Globo Repórter. Com isso Maria Júlia Coutinho é escalada para assumir a bancada do Jornal Hoje. Algo inédito até então no Jornalismo da Rede Globo, uma mulher negra e nova na bancada de um dos principais jornais da TV aberta do grupo.
Na sua estreia no Jornal Hoje o programa bateu recorde de audiência. Essa foi a maior audiência alcançada pelo programa na atualidade.
Mas “Maju” não fez história só no “JH”, ela andou passando pelo Jornal Nacional. Na sua estreia como apresentadora do Jornal Nacional, numa noite de sábado, rendeu uma enxurrada de elogios à jornalista. De fato ela a primeira mulher negra a apresentar o principal telejornal da TV aberta do Grupo Globo, porém ela não é a primeira pessoa negra a assumir um posto tão importante como esse.
Heraldo Pereira o primeiro jornalista negro a apresentar o “JN”
O jornalista Heraldo Pereira, profissional antigo na Rede Globo, fez e continua fazendo história. Ele Integra o corpo jornalistas, repórteres e apresentadores do Grupo Globo desde o começo dos anos 80.
No ano de 2002, Heraldo tornou-se o primeiro jornalista negro a apresentar permanentemente o Jornal Nacional. Desde então, apresenta o telejornal eventualmente.
Nessa época, também apresentava um bloco com o noticiário político no Bom dia Brasil e no Jornal das Dez da GloboNews. Em 2007, passou a ser comentarista político do Jornal da Globo. Atualmente está como comandante da bancada do Jornal das 10 na Globonews.
Na verdade o que realmente existe no calendário é o Dia Dia Nacional da Consciência Negra. Esse dia é celebrado, no Brasil, hoje dia 20 de novembro. Foi criado em 2003 como efeméride incluída no calendário escolar. Até que foi oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Nesse dia é feriado em cerca de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro. O feriado se deu através de decretos estaduais. Em estados que não aderiram à lei a responsabilidade é de cada câmara de vereadores, que decide se haverá o feriado no município.
A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi é considerado por historiadores como um grande líder negro do Brasil, que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista. O Dia da Consciência Negra é considerado importante no reconhecimento dos descendentes africanos e da construção da sociedade brasileira. A data, dentre outras coisas, sucinta questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade, a cultura afro-brasileira e a cultura africana.
Assim acabou-se por definir em meio a sociedade que Novembro é o mês da Consciência Negra. Neste mês diversas atividades, como palestras, workshops, seminários e atividades culturais celebram a cultura dos negros brasileiros e africanos.
TV Globo divulga nota em resposta aos ataques de Bolsonaro:
Por Lucas Lieggio
Com colaboração do Israel Carvalho
Da redação do Gama Cidadão
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