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Movimento Moda Connect promove conceito Fashion For Good com workshops, premiações e desfiles
Em noite de lançamento, evento apresenta alternativas para um mercado de moda mais inclusivo, com consciência social e sustentabilidade. 26 de novembro, às 18h, no Clube Cota Mil de Brasília
Repensar a forma como as pessoas produzem e consomem moda: esse é o grande objetivo do movimento Moda Connect Brasília. A iniciativa abrange oficinas, workshops e desfiles, a fim de conectar experiências sustentáveis bem-sucedidas em diversas partes do mundo, além de debater questões importantes para o futuro do mercado. A noite de abertura será realizada no Clube Cota Mil de Brasília, no dia 26 de novembro, a partir das 18h. Inscrições na bilheteria do evento, com vagas limitadas, mediante a doação de 2kg de alimento não-perecível.
Moda Connect é uma iniciativa com base no conceito “fashion for good” (moda para o bem), proposto para pensar a sustentabilidade na moda, reunir consumidores e empresas da cadeia produtiva, focada na economia circular, onde o produto é concebido, produzido, utilizado e reciclado para um novo uso. Uma das porta-vozes do movimento é a professora Ana Beatriz Goldstein, que concebeu o projeto Rompendo Barreiras, de inclusão de pessoas com limitações físicas na cadeia produtiva.
A noite inicia sua programação com talk show com personalidades da moda de outros dois estados brasileiros: Geni Ribeiro e Paula Boldrini, de São Paulo, e Francisca Vieira, da Paraíba. Em seguida a marca Ana Carttori de maquiagem orgânica e vegana lançará sua linha de produtos no Brasil, e encerrando essa primeira parte, haverá um momento de homenagens para Malba Aguiar, Antonieta Continni e Márcia Lima , pessoas que influenciaram a moda e o desenvolvimento do artesanato e manualidades no Distrito Federal.
O desfile encerra a noite, com três marcas participantes, levando para a passarela a proposta do Fashion For Good apresentada na prática pela empresa paraibana Natural Cotton Color , com sua coleção feita do algodão colorido da Paraíba , tecnologia desenvolvida pela Embrapa sem uso de aditivos e corantes , sucesso no mercado nacional e internacional; o grupo Concretamente Brasília, que apresentará uma coleção com peças artesanais e complementos confeccionados pelos jovens do projeto Rompendo Barreiras, utilizando a robótica para demonstrar a capacidade criativa e produtiva de jovens com limitações físicas como tetraplégia e paraplegia ; e a coleção de estilistas descobertos em edições do Capital Fashion Week.
O movimento traz o conceito “fashion for good” para Brasília propondo olhar o mercado fashion sob diferentes perspectivas, valorizando o processo criativo do intelectual ao manual, desde quem cultiva o insumo, tece o fio, até quem opera a máquina, seja ela de costura ou mediada por computador. Também valoriza a diversidade nas criações, a manualidade, a artesania, a tecnologia e a sustentabilidade na utilização dos insumos, da água, tingimentos e outros materiais durante o processo, buscando soluções inovadoras a partir da tendência mundial que pergunta Who Made My Clothes? (Quem fez minhas roupas?).
“Temos como missão a construção de uma mentalidade de produção e consumo consciente da moda em Brasília. Destacamos que tudo isso tem que ser construído de forma gradual e partindo da educação num processo colaborativo. Cada empresa ligada à moda que atender a esse chamado, seguramente irá sentir o impacto positivo, o que refletirá em toda a cadeia, explica Ana Beatriz Goldstein.
Para ela, a maior importância do evento é “construir uma cadeia produtiva da moda que seja humanizada, que considere e valorize a diversidade, o produto feito à mão, a conexão do local com global, promovendo o desenvolvimento sustentável, a partir do entendimento de que o ato de vestir, mais do que uma expressão de identidade, é uma poderosa ferramenta de fortalecimento do arranjo produtivo local do segmento da moda. ”
Moda e inclusão de pessoas com deficiência
O desfile do grupo Concretamente Brasília se junta ao projeto Rompendo Barreiras para apresentar na passarela do Moda Connect Brasília, um desfile com peças de vestuário confeccionados por artesãos e profissionais da manualidade, com complementos e acessórios produzidos com insumos reciclados e automações feitas por meio da robótica. O projeto Rompendo Barreiras agrega jovens com limitações físicas, paraplégicos e tetraplégicos que, por meio da tecnologia assistiva e em parceria com jovens sem deficiência, exercem as atividades de criação e produção da coleção.
Produtos como garrafas pet, materiais plásticos e lixo eletrônico são transformados em complementos e acessórios colocados em vestidos, camisas, bolsas, colares e pulseiras que foram confeccionados pelo grupo de artesãos e costureiras do Concretamente Brasília. O projeto acontece dentro do campus da Estrutural do Instituto Federal de Brasília (IFB), um dos apoiadores do projeto, coordenada por professores do quadro e professores voluntários, com aparelhagem provida pelo Instituto Hands Free e pela ONG Programando o Futuro, com o apoio do Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia (IBICT).
Quatro alunos com limitação física – tetraplegia e paraplegia – e quatro sem limitação, estão envolvidos no processo de criação e produção das peças. “Nossa intenção é colocar no holofote da moda a causa da pessoa com deficiência, demonstrando como a capacidade e a criatividade, latente em cabeças ávidas para participarem dos processos produtivos , podendo gerar riquezas para o país, não podem ser limitadas por corpos impossibilitados de exercerem todas as funções , e como a real inclusão, poderá formar profissionais com olhares mais humanos e sensíveis a diversidade, explica a idealizadora, professora Ana Beatriz Goldstein.
O Grupo Concretamente Brasília foi criado em 2013 com o propósito de agregar os artesãos do DF e entorno, com foco no fortalecimento da cultura local, geração de renda e respeito ao meio ambiente. Hoje é composto por 300 artesãos e trabalhadores manuais. Unem-se aos jovens do Projeto Rompendo Barreiras, tetraplégicos e paraplégicos com o cognitivo preservado, que, por meio de tecnologias assistivas, estão criando e produzindo estas peças e elementos que serão vistos na passarela.
Programação
18h – Talk Show sobre produção e consumo consciente com Geni Ribeiro, Francisca Vieira e Paula Boldrini
19h – Apresentação do Projeto Música e Cidadania: Orquestra Sopro Sinfônica
20h – Lançamento no Brasil da marca Ana Carttori: maquiagem orgânica e vegana – brasiliense que mora em Nova York
20h30 – Homenagens – personalidades que influenciaram a moda e o desenvolvimento do Distrito Federal
21h – Desfiles:
Natural Cotton Color: empresa paraibana que apresentará sua coleção feita exclusivamente com o algodão colorido da Paraíba, desenvolvido pela Embrapa sem uso de aditivos e corantes.
Desfiles de talentos descobertos no Capital Fashion Week
Grupo Concretamente Brasília: composto por artesãos de todo o Distrito Federal e entorno, que irão apresentar peças confeccionadas com materiais reciclados feitos por artesãos, microempreendedores, designers, professores e estudantes com e sem deficiência física, do projeto Rompendo Barreiras (robótica inclusiva).
Serviço
Moda Connect Brasília
Dia 26 de novembro, às 18h
Clube Cota Mil (Setor de Clubes Esportivo Sul – Trecho 2)
Entrada: inscrições na bilheteria do evento (vagas limitadas), mediante a doação de 2kg de alimento não-perecível
Apoio: Sindvest, Ibict, IFB-DF, Sebrae-DF, FIBRA, Senac – DF, Programando o Futuro – Estação de Metarreciclagem, Grigório Toldos Decorações, Sweet Cake, Maria Amélia, Clube Cota Mil, RSC2 Produções, Espaço Contemporâneo, Perboni Brasil, Casa do Chocolate, Natural Cotton Color e Instituto Hands Free
Informou Tato Comunicação
(61) 3263.8916 / (61) 99387.1010
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