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Feira Internacional da Embaixadas oferece programação especial no DF

Toda a renda do evento será revertida para instituições de caridade

Correio Braziliense – 27/11/2015 06:06


As embaixatrizes Teresa Ellis (Reino Unido), Maria José Ribeiro Telles (Portugal), Neogilda Eduardo Cosme (Angola), Ariana Helena Silva (Cabo Verde): “Queremos abrir as portas do nosso mundo para quem vive aqui”

Imagine dar uma volta ao mundo em um só dia. É o que propõe a 11ª Feira Internacional da Embaixadas, que será realizada no sábado, no Estádio Nacional de Brasília. Organizado por 25 embaixatrizes, até o ano passado o evento se chamava Bazar Internacional Diplomático. Para a edição de 2015, o projeto passou por uma reformulação, e desta vez conta com parceria do Governo do Distrito Federal.

O antigo bazar, que antes acontecia em locais que podiam receber até cinco mil pessoas, agora poderá ter cerca de 25 mil visitantes, segundo previsão das organizadoras. Serão mais de 100 estandes com iguarias e artesanatos típicos de vários cantos do planeta. Tampouco faltarão atrações culturais (veja quadro), como exposições, exibição de filmes, shows de música e dança, além leilões, brinquedotecas, seis bares e espaço para 15 food trucks.

A ideia do projeto é estreitar os laços dos diplomatas com a sociedade brasiliense. Toda a renda — tanto da venda de ingressos quanto da de produtos dos estandes —será revertida para instituições de caridade do DF. Hospitais, creches, associações e ONGs estão entre os beneficiados. “As doações serão distribuídas predominantemente em Brasília e no Entorno, mas também podem ir para São Paulo, Salvador, e Rio de Janeiro, de acordo com a necessidade”, afirma Teresa Ellis, embaixatriz do Reino Unido no Brasil.

Ellis acrescenta que parte do valor arrecadado será enviada para as vítimas da tragédia de Mariana, em Minas Gerais. “Ajudamos não só com dinheiro, mas também comprando e doando produtos utilitários, como máquinas de fazer fraldas e camas”, diz.

Quando necessário, as embaixatrizes providenciam itens que podem não parecer de primeira necessidade, mas fazem toda a diferença. Pintar paredes de orfanatos e comprar cortinas para garantir a privacidade de alguém que está internado em um hospital, são algumas das ações que ajudam a levar conforto para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade.

Para a presidente do Grupo de Cônjuges de Chefes de Missão (GCCM), Sana Sayah, que é embaixatriz do Líbano, o Brasil é importante no contexto das missões diplomáticas e, ao mesmo tempo, tem pessoas que precisam de ajuda. “Temos uma coordenação dentro do nosso grupo que visita as instituições e analisa as necessidades de crianças, idosos e mulheres”, afirma. A 11ª edição da feira vai contar com o apoio de 200 jovens voluntários, vindos das embaixadas e de algumas faculdades brasilienses.

Retribuição

Do bazar do ano passado até agora, foram beneficiados 21 projetos. “Na feira, as embaixadas estarão completamente abertas para a população. Lá elas terão acesso às culturas de todos os países e entrarão nessa corrente solidária”, garante Maria João Ribeiro Telles, embaixatriz de Portugal.

Após cinco meses de preparação contínua, as organizadoras estão ansiosas para o evento e contam com a presença em massa de todos os candangos. “A cada dia que passa o meu otimismo aumenta”, conta a embaixatriz de Angola, Neogilda Eduardo Cosme.

Acostumadas com constantes viagens e mudanças repentinas, as organizadoras reconhecem o valor do Brasil e da capital federal. “A Feira das Embaixadas é uma maneira de retribuir a forma como a cidade nos recebeu. Queremos abrir as portas do nosso mundo para quem vive aqui”, acrescenta Neogilda Eduardo Cosme.

Assim como ela, outras 24 integrantes do Grupo de Cônjuges de Chefes de Missão (GCCM), responsável pela organização da feira, encaram o evento como uma grande reunião de várias nações para celebrar a paz mundial.

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