Entrevista
Liliane Roriz. A queima-Roupa
Apontada como potencial herdeira dos votos do pai e possível Plano B do grupo de Joaquim Roriz para as eleições de 2014, a deputada defende a candidatura do patriarca, mas diz que está “preparada para tudo”.
A união de Roriz e Arruda no ano que vem já está decidida?
Não foi batido o martelo ainda. Por enquanto, eles estão só nas conversas e já tiveram alguns encontros. Mas ninguém pode falar por eles, nem eu, tampouco o Antônio Gomes (secretário-geral do PR, que declarou em entrevista ao Correio esta semana que Arruda e Roriz estarão juntos em 2014). …
Mas essa união é possível?
É possível sim, são duas forças políticas da cidade, que têm que se entender. Mas isso só vai ser decidido no ano que vem.
Seu pai será candidato?
Acredito que ele disputará, sim, as eleições no ano que vem. Ele está muito animado para a disputa e as pesquisas o deixam ainda mais decidido a concorrer.
Você é sempre citada como um plano B de Joaquim Roriz. Vai disputar o governo caso seu pai tenha algum impedimento?
Estou preparada para tudo. Mas, neste momento, minha atenção está totalmente voltada aos grandes projetos da Câmara Legislativa. Estou trabalhando muito no meu mandato, preocupada com questões relevantes para a cidade. Daqui até o fim do ano, vamos analisar o PPCUB (Plano de Preservação da Área tombada), a Luos (Lei de Uso e Ocupação do Solo) e o orçamento. Portanto, acho prematuro falar de eleição agora.
Esta semana, circulou pela internet uma foto sua ao lado do deputado Reguffe (PDT). A que se deveu o encontro?
É bom deixar isso bem claro. Fui tomar um café lá no gabinete dele a convite do próprio Reguffe. Na semana passada, fiz um pronunciamento duro com relação ao PPCUB e ele me parabenizou por meu discurso, pela minha postura e, na ocasião, me chamou para visitar o gabinete dele. Conversamos muito sobre o PPCUB, sobre política, família, e sobre o contexto da cidade, foi uma conversa muito boa, tanto ele quanto eu queremos o bem da cidade.
Trataram de eleição?
Não falamos absolutamente nada sobre 2014.
É possível uma aliança com candidatos de esquerda, como o próprio Reguffe ou o senador Rollemberg (PSB)?
Quando o assunto é o bem da cidade, essas divergências se tornam pequenas. Estou aberta a todas as conversas.
Seu pai governou a cidade durante quatro mandatos, mas você tem um discurso de renovação. Como herdar o espólio eleitoral dele e, ao mesmo tempo, passar para o eleitor uma imagem de novidade na política?
Fui criada no meio de uma família política. É claro que cada um pensa de um jeito, meu pai tem as ideias dele, eu tenho as minhas. Mas a gente se respeita muito.