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Herança racista do ‘Criado Mudo’

Tem palavras que não dá mais para continuar falando...

A empresa de móveis, decoração e utilidades domésticas Etna marcou um golaço com a campanha voltada para o Dia da Consciência Negra ao contar a história racista do ‘Criado Mudo’, tão comum nas cabeceiras das camas brasileiras, e abolir seu nome em todas as suas lojas. De acordo com o filme da campanha (veja vídeo abaixo), o móvel chamado criado mudo foi adotado para substituir um “trabalho” que era executado por escravos negros: segurar copos com água e toalhas para seus “amos” enquanto dormiam. Alguns chegaram a ter as línguas amputadas para não falarem e fazerem barulho que pudesse acordar seus patrões, conforme o vídeo. Por isso a Etna rebatizou em suas lojas o móvel para Mesa de Cabeceira.

Tem palavras que não dá mais para continuar falando. Criado-mudo é uma delas. A partir de 20/11, vamos começar a abolir esse termo e chamaremos o móvel de Mesa de Cabeceira”. ressalta Etna no seu Canal do Youtube

Fonte: HNT Hipernoticias – 21 de Novembro de 2019, 12h:00

Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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