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Gastos de 761 milhões foram insuficiente para esconder a incompetência no BRT

Na manhã do último sábado (16), aconteceu a 2ª Audiência Pública sobre o transporte coletivo do Gama, no Centro Interescolar de Línguas – (CILG) da cidade.

Estiveram presentes na reunião o diretor-geral do DFTrans e gestor do Expresso DF,  Jair Tedeschi; representante do BRT, Lucio; diretor de obras da administração da cidade, sr Roque Lane; o procurador dos direitos dos cidadãos, Dr. José Valdenor Queiroz Júnior (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT) e vários passageiros de transporte público.

Na 1ª Audiência Pública, sobre o mesmo tema, ocorrida em julho, 115 pessoas participaram do evento. Dessas, 50 puderam manifestar seus descontentamentos sobre as mudanças realizadas no transporte. Os moradores cobram a volta de algumas linhas que foram retiradas, a renovação da frota das linhas que não fazem parte do percurso do BRT, como Taguatinga, W3 Norte/Sul, SIA/SAAN, Setor O e Corujão. Jair Tedeschi ouviu os questionamentos, reclamações, sugestões e opiniões da população, ficando incumbido de trazer resposta para os usuários do transporte coletivo do gama.

Na 2ª Audiência Pública sobre o transporte coletivo do Gama, para surpresa dos passageiros, muitas das respostas colocaram a culpa na fiscalização, que é responsabilidade da Secretaria de Transporte do GDF.

O tempo, na opinião do Jair Tedeschi, vai fazer com que tanto passageiros quanto operadores do sistema se acostumem com a operação, aumentando a eficiência. “É tudo novo, substituído um sistema de 50 anos. Por isso o período de testes tem sido tão longo”, justifica.

“Estamos fazendo um acordo com a empresa Marechal para que assuma essa linha. Enquanto a segunda etapa da obra não estiver pronta, ainda deverão circular as linhas para SIA/ SAAN e W3 Sul e Norte. E vamos trabalhar para reativar a linha L2 Sul/ Norte/ UnB”, completa o secretário.

Os problemas estão longe de terminar, como conta Ana Tavares, moradora do Gama que pegava um ônibus para W3 Sul para chegar no trabalho. “Agora, pego três ônibus; um para o terminal, o BRT e outro para o trabalho, e levo uma hora e meia. Ou mais”, diz ela, que embora insatisfeita valoriza a qualidade dos veículos. “São confortáveis, têm ar condicionado e são confiáveis, mais a demorar ainda é um problema, disse.

Apesar de reconhecerem que o conforto aumentou com o BRT, usuários se queixam das baldeações necessárias para completar a viagem, atrasos das linhas e velocidade permitida de 55 Km. O fato é que os R$ 761 milhões foram insuficientes para esconder a incompetência do governo, que esqueceu de ouvir a população antes do grandioso projeto, alterando toda uma rotina do transporte coletivo da cidade.

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1ª Audiência Pública sobre o transporte coletivo do Gama, ao microfone o universitário Juan Ricthelly.

1ª Audiência Pública sobre o transporte coletivo do Gama, ao microfone o diretor-geral do DFTrans e gestor do Expresso DF,  Jair Tedeschi e autoridades do Gama na plateia.    
2ª Audiência Pública sobre o transporte coletivo do Gama. Foto: Israel Carvalho

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Vídeos da 2ª Audiência Pública sobre BRT no Gama:

Da redação do Gama Cidadão

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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