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Gama e Santa Maria se unem na defesa do Crispim/Alagado
Não à grilagem!
Uma ameaça real se materializa em nosso horizonte, para ser mais preciso, na Região do Crispim/Alagado (Gama e Santa Maria), onde alguém com muito dinheiro e protegido pelo anonimato, iniciou um empreendimento de grande porte, com o potencial de impactar a qualidade ambiental e consequentemente de vida da população da região.
O detalhe é que ninguém está falando sobre isso, nenhuma das administrações regionais, nenhum órgão do governo, nem mesmo a imprensa… Temos um rinoceronte no meio da nossa sala, que está urrando, destruindo a prataria e defecando por todo o carpete, mas ninguém parece estar vendo isso.
E isso vai significar, mais pessoas, mais carros, mais trânsito, mais poços artesianos sugando (e contaminando) o lençol freático, impactando a vazão das nascentes e consequentemente do rio que deságua na represa que nós beberemos sua água muito em breve.
Na noite de ontem, lideranças do Gama e Santa Maria, preocupadas com esse cenário apocalíptico que se aproxima de nós, firmaram uma aliança na defesa da Região do Crispim/Alagado e irão lutar para tentar impedir essa tragédia que se aproxima. Readaptando Luther King, o que nos preocupa diante desse cenário, não é a audácia e a impetuosidade dos sem caráter, sem moral e qualquer escrúpulo, mas o silêncio e a passividade de uma comunidade que não se movimenta pelo interesse comum de todos.
Assista ao vídeo:
Fotos da área localizada entre as cidades do Gama e Santa Maria:
*Zona Rural de Uso Controlado é definida no Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal da seguinte forma:
“A Zona Rural de Uso Controlado é constituída pelas áreas inseridas nas bacias do Rio São Bartolomeu, Rio Maranhão, rio Descoberto, rios Alagado e Santa Maria e lago Paranoá. Foram reunidos agro-ecossistemas distintos, relacionados a unidades territoriais que correspondem às citadas bacias hidrográficas, onde ocorrem declividades acentuadas, bordas de chapada, solos rasos, presença de mananciais destinados ao abastecimento público, e outras situações de fragilidade ambiental.
As diferentes áreas rurais que compõem esta zona têm em comum a necessidade de maior controle do uso e ocupação do solo, devido às restrições decorrente de sua sensibilidade ambiental e da necessidade de proteção dos mananciais destinados ao abastecimento de água da população.”
(Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal)
Grifo nosso
Fonte: Gama Livre
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