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Ex-diretor do Gama revela palestra dada a diretores da Portuguesa

Flávio Raupp participou, na última terça-feira, da reunião do conselho deliberativo da Lusa e deu o seu relato sobre o caso do Gama

O homem forte no Gama na ação movida pelo clube alviverde contra a CBF em 1999, Flávio Raupp, tenta “exportar” a estratégia vitoriosa do Periquito para a Portuguesa. Naquela ocasião, o clube do DF passava por situação muito semelhante à da Lusa. Apesar de ter se garantido dentro de campo, o Gama acabou na zona de rebaixamento da competição porque o STJD deu ao Botafogo os pontos de um jogo contra o São Paulo, que havia escalado Sandro Hiroshi de maneira irregular.

Flávio Raupp participou, na última terça-feira, da reunião do conselho deliberativo da Lusa e deu o seu relato sobre o caso do Gama. Raupp afirma que a iniciativa não partiu dele, mas que ajuda a Lusa por uma questão pessoal.

“Eu torço contra time carioca. É a primeira vez que está tendo uma virada de mesa e eu sugeri a inclusão de um artigo no estatuto do torcedor que impede essa situação. É uma questão pessoal minha e por isso eu fui lá”, falou Flávio Raupp.

A reunião contou com a presença de cerca de 350 conselheiros do time paulista, que, após o relato de Raupp, decidiram de forma unânime que vão procurar a Justiça Comum para tentar salvar a Portuguesa do rebaixamento para a Série B.

Garantida dentro de campo, a Lusa acabou rebaixada no Brasileirão após o STJD retirar 4 pontos da equipe pela escalação irregular do meia Héverton na última rodada do torneio. O clube alega que a decisão do Tribunal de punir o atleta com mais um jogo de suspensão não foi publicada.

Para Raupp, é o mesmo “modus operandi” de 1999. “Além do julgamento que altera o resultado do campeonato, naquela ocasião, ficariam só dois times do Rio. O Fluminense já estava na B e o Botafogo estava caindo. O contrato da Globo com o Clube dos 13 obrigava que um grande de cada estado na TV toda rodada. Não sei como está a situação hoje, mas toda vez que ficarem menos de três cariocas ou de três paulistas, parece que estamos sujeitos a isso”, esbraveja Flávio Raupp.

Insegurança jurídica

Para o ex-dirigente do Gama, a Portuguesa ainda possui um apoio maior do que o time do DF na época do embate contra a CBF. “Nós tinhamos apenas o Código de Defesa do Consumidor. Hoje, já existe o estatuto do torcedor e o Ministério Público decidiu abraçar a causa da Portuguesa”, afirmou Raupp.

Para ele, mesmo se o Fluminense permanecesse na Série A, o campeonato de 2014 ficaria prejudicado. “Se ocorrer a virada de mesa, em qualquer momento do próximo campeonato, poderia-se questionar os pontos do Fluminense. O estatuto deixa claro: a equipe que entrar de forma irregular na disputa poderá ter todos os pontos anulados. O critério técnico precisa ser respeitado”, explica Flávio, sem deixar de mencionar os riscos.

“Deu certo e nós vencemos, mas poderíamos ter sofrido retaliações”, argumenta Raupp.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

 

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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