Política
Eleição: direita deve ficar dividida
A direita brasiliense deve caminhar dividida na disputa pelo Palácio do Buriti. O ex-governador José Roberto Arruda (PR) pediu a aliados que procurem PSDB, DEM e PPS para tentar negociar um acordo, mas embora os três partidos não descartem totalmente a participação em uma chapa encabeçada por Arruda, a ideia predominante hoje é construir uma ou mais candidaturas paralelas à do ex-governador.
Um dos nomes cotados para disputar a eleição para governador pelo PSDB, o deputado federal Luiz Pitiman diz que irá conversar com o grupo de Arruda e que “muita água vai rolar” até a definição das candidaturas, mas que a decisão sobre uma aliança deve ser do partido. Pitiman deixa a entender que um dos empecilhos para uma aliança dos tucanos com Arruda é a preocupação em montar o melhor palanque possível para Aécio Neves (MG) no DF. Outro pré-candidato tucano, o deputado federal Izalci Lucas descarta a aliança. “Queremos oferecer ao eleitor uma terceira opção de voto que não seja a antiga nem a atual gestão”, explica.
A distrital Eliana Pedrosa (PPS) vai na mesma linha. “Na política não existe impossível. Mas acho improvável que estejamos juntos, pois pretendo oferecer outra opção ao eleitor de Brasilia”, afirma.
Já o presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, diz que ainda não fechou as portas para uma possível aliança, mas admite que ficou bastante “aborrecido” por ficar de fora da chapa já formada por Arruda e que inclui o PTB, visto por Fraga como um adversário. “Eu acho esse ato de Arruda uma ingratidão. Fazer chapa com partido que nunca fez oposição e ainda está no governo PT é um desrespeito aos partidos que fazem oposição”, desabafa o ex-secretário de Transportes na gestão Arruda.
Na segunda-feira, foi divulgado em uma rede social um vídeo em que Arruda diz, durante um encontro com aliados realizado no sábado passado, que sua candidatura é irreversível.
Fonte: Jornal Destak