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Educação no Brasil pode passar por modificações, diz estudo

Apenas 2,4% dos jovens de 15 anos têm interesse em seguir a área acadêmica

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população brasileira só deve crescer até 2042 e o número de filhos por mulher pode cair a partir de 2034. Daqui até lá, uma notícia pode transformar o panorama educacional: com menos alunos e com salas de aulas mais preparadas para a queda de natalidade, a expectativa é de que a qualidade no trabalho do professor melhore.

Sec Mun Educ Edna Pereira. Foto/Reprodução

Entretanto, um dos maiores desafios dos professores ainda são as salas cheias, com alunos de idades diferentes e com conhecimentos tecnológicos que alguns docentes não estão capacitados para usar. Para a professora do ensino básico, Edna Pereira, acostumada com a sala de aula há mais de 15 anos, conseguir acompanhar o ritmo dos adolescentes que nasceram na era digital é um grande desafio da sua profissão. “Ainda tem professores que estão enraizados na sua formação do século XX, pois precisamos de formação continuada para que os educadores consigam, hoje, enfrentar os seus desafios”, explica.

Outro dado mostra que no Brasil apenas 2,4% dos jovens de 15 anos têm interesse em seguir a área acadêmica, enquanto que na década passada o percentual era de 7,5%, segundo dados do relatório “Políticas Eficientes para Professores”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os motivos são diversos como a desvalorização da carreira pedagógica e o baixo salário.

Indo na contramão da pesquisa e apostando na educação de qualidade, a professora de Fotografia, Natália Silva, 24, enxerga na sua atuação a possibilidade de passar conhecimentos adiante. Ela, que se formou em Jornalismo, passou em uma seleção para dar aulas em um ensino técnico. “Enxerguei a possibilidade de exercer a minha profissão de um modo distinto do que vinha atuando”, conta a professora estreante na profissão.

Natália acredita, ainda, que a digitalização é o futuro da educação. “Quando digo isso, não falo somente da modalidade EAD, vai muito além disso. Eu acho que as escolas precisam se acostumar em usar a tecnologia para o bem delas, proporcionando aos alunos a possibilidade de tirar dúvidas e descobrir curiosidades em tempo real, por exemplo, além de várias outras metodologias de aprendizado”, argumenta a jovem.

Projeto de leitura malhada de pedras. Foto/Reprodução. 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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