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“Don Pedro I chegou hoje em Brasília”, para as comemorações do Bicentenário de nossa independência

O coração de Dom Pedro I chegou ao Brasil, na manhã desta segunda-feira (22), para as comemorações do Bicentenário da Independência.

Nosso primeiro Chefe de Estado está, de certa forma, de volta a nossa terra. Don Pedro I, filho de Don João VI que era Rei de Portugal, e que passara um tempo no Brasil fugindo da tirania do Conquistador Francês Napoleão Bonaparte, é considerado nosso primeiro Chefe de Estado.

Urna com o coração embalsamado de Don Pedro I

A urna dourada com o órgão embalsamado do Imperador pousou na Base Aérea de Brasília em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Veja vídeo publicado no canal, Carlos Torres – Escritor e Mensageiro, no YouTube:

Essa é a primeira vez que o coração deixa Portugal desde a morte de Dom Pedro I, em 1834.

O chefe do cerimonial do Itamaraty, Alan de Séllos, afirmou à imprensa que “o coração está sendo recebido no Brasil com honras de Estado e tratado como se Dom Pedro I fosse vivo entre nós.”

“Don Pedro I recebe honras de Chefe Estado”

A cerimônia para as solenidades oficiais acontecerá nesta terça-feira (23/07).

Isso significa que o coração terá escolta hípica por integrantes dos Dragões da Independência, passará em revista à tropa e subirá a rampa do Palácio do Planalto. O Hino Nacional e o Hino da Independência, cuja melodia foi escrita por Dom Pedro I, serão tocados.

200 anos de nossa independência:

Neste ano de 2022, o Brasil comemora 200 anos de independência. O primeiro marco das comemorações no Parlamento brasileiro dos 200 anos de independência ocorreu em junho de 2008, no Salão Negro do Congresso Nacional, quando a Câmara destacou o segundo centenário da vinda da corte portuguesa para o Brasil, fugindo do exército do imperador francês Napoleão Bonaparte. A chegada de Dom João VI e sua família daria origem à formação do Estado Nacional.

Em 1815, um ano após a derrota de Napoleão e obrigado a justificar sua permanência na colônia, o príncipe regente Dom João elevou o Brasil à condição de reino unido de Portugal e Algarves.

Com a morte de Dona Maria I, Dom João tornou-se rei e, em 1821, se viu forçado a retornar a Lisboa, deixando seu filho mais velho, Dom Pedro de Alcântara Bragança, como príncipe regente. Com a volta de Dom João, cresceu a pressão dos portugueses para que o Brasil retornasse ao status de colônia. Mas o patamar econômico já alcançado aqui não permitiria o rebaixamento. Ao contrário, levaria à independência do Brasil do domínio português.

O próximo 7 de setembro será muito especial na vida de todos os brasileiros, pois comemoraremos não só a nossa independência, como os 200 anos de muitos que ainda serão comemorados.

O coração de Don Pedro I embalsamado e sua vinda ao Brasil

De acordo com o descrito em um texto, de Rui Moreira, que está exposto na sala em que ficará o coração no Itamaraty. Antes de morrer, Dom Pedro I pediu à mulher que seu coração fosse embalsamado e doado à cidade do Porto como agradecimento pela resistência da população durante o Cerco do Porto que ocorreu no período de 1832 à 1833 e que permitiu a vitória dele em cima de seu irmão Dom Miguel, que à época queria reinar em Portugal.

O desejo foi cumprido e o coração foi entregue à Câmara Municipal do Porto. O órgão, porém, fica guardado na Igreja da Irmandade da Lapa, na cidade portuguesa.

O coração está submerso em líquido semelhante a formol dentro de um recipiente de vidro numa urna que fica na capela principal da igreja, diz o texto na exposição. A urna, por sua vez, é protegida por cinco chaves que abrem outras etapas de proteção antes de se chegar ao recipiente.

As conversas para a vinda do coração ao Brasil começaram em fevereiro, a partir de instruções do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, de acordo com o embaixador George Prata.

O embaixador informou que a maior preocupação do lado português em relação à viagem era relativa à segurança do coração. Uma das condições impostas é que o carro a transportar o coração deve sempre andar devagar, por exemplo.

O Instituto de Medicina Legal (IML) da Universidade do Porto analisou a possibilidade do envio e emitiu laudo técnico de que o coração não corria riscos. Após o laudo, houve ainda uma votação para aprovar a vinda do coração na Câmara da Cidade do Porto (PT).

“Essas conversas foram sempre muito amistosas”, afirmou George Prata sobre o planejamento da viagem do coração.

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Lucas Lieggio

Editor Jornalista nº. DRT nº 8259 - DF, Multimídia e Social Media.

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