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Disputa ao GDF pode ser uma das mais acirradas da história
A disputa pelo Palácio do Buriti nas eleições de 2014 pode ser uma das mais acirradas da história do Distrito Federal e, talvez, do País.
Na avaliação de especialistas, nomes fortes que têm destaque no cenário político local e nacional podem colocar os eleitores em dúvida na hora da votação deixando o pleito pulverizado.
Os ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz podem se candidatar ou formar aliança. Agnelo Queiroz é candidato à reeleição e o deputado Federal, José Antônio Reguffe, do PDT, também entrou na disputa para o cargo de governador. Segundo especialistas ouvidos pelo R7, estes são os 4 principais nomes.
Além do atual governador Agnelo Queiroz (foto 1), Arruda, Roriz (foto 2) e Reguffe (foto 3), também devem concorrer ao cargo do GDF o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho do PSOL (PSOL) e Alberto Fraga (DEM).
Especialistas e cientistas políticos acreditam que a disputa para o cargo de governador do Distrito Federal, será dura, podendo chegar ao segundo turno com pouca diferença de votos entre os candidatos.
Para o professor de Ciências Políticas da UCB (Universidade Católica de Brasília), Emerson Masullo, as manifestações ocorridas no mês de junho podem mudar o perfil dos eleitores, mas talvez grandes mudanças não sejam sentidas a curto ou médio prazo.
Ele explicou que as manifestações foram manchadas pelos atos de vandalismo e que é provável que “caras novas, mas com espíritos velhos” apareçam e surpreendam a população.
Já na visão do cientista político da UnB (Universidade de Brasília) Fernando Carlos de Moraes, a falta de consciência por parte de povo na hora de escolher seus representantes contribui para uma alternância das mesmas “caras no poder”. Nas eleições ao GDF, dois dos possíveis candidatos já foram governadores (Roriz, por quatro vezes e Arruda, por uma).
Segundo o professor, as pessoas gostam de eleger ou reeleger gente que já esteve na política antes, mesmo que tenham feito coisas erradas ou simplesmente não tenham feito nada.
A opinião do especialista Paulo César Nascimento, também do departamento de Ciências Políticas da UnB, não é diferente. Ele entende que as alianças que estão sendo formadas para concorrer aos cargos políticos nas esferas executivas e legislativa podem tornar a competição entre os protagonistas à corrida eleitoral em uma disputa sem precedentes. ·.
Apesar de o povo brasileiro alegar que está descrente com a política, a motivação deve aumentar com a chegada do período de propagandas eleitorais. O cientista político Fernando Faccioni, que também compõe o quadro de mestres da UnB, relatou que as promessas feitas pelos candidatos envolvem os eleitores, que querem e acreditam e um futuro melhor.
Para ele, o marketing político e o alto investimento em publicidade serão intensos em 2014, o que poderá beneficiar os candidatos que, de alguma maneira, se saíram bem em escândalos passados.
— O Arruda, por exemplo. O povo diz que ele roubou, mas fez [O ex-governador foi flagrado em vídeo recebendo dinheiro. Os vídeos fazem parte do inquérito da Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal].
Roriz foi governador quatro vezes e transformou Brasília em um eterno canteiro de obras, mas tem carisma. Reguffe aproveitou o escândalo da Caixa de Pandora e mostrou moralismo. É preciso cautela e cuidado, porque do mesmo jeito que os políticos não estão aptos a atender as novas demandas da sociedade, a sociedade, talvez, não esteja apta a escolher seus políticos, alertou Fernando Faccioni.
O governador Agnelo Queiroz já deu início a inaugurações de obras e investimentos em diversas áreas do DF utilizando fortemente a televisão o que deve fortalecer sua candidatura à reeleição.
Agência Texto Final de Notícias com R7