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Dia do Cerrado é celebrado com exposição de arte e feira agroecológica no Lago Oeste
Com apoio da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), projeto Viva Lago Oeste promove intervenções artísticas em meio à natureza e feira agroecológica para difundir produtos e atrações sustentáveis da região
O Cerrado como moldura artística e cenário de iniciativas de sustentabilidade. Este é o conceito por trás de dois eventos que terão como palco o Lago Oeste, em Sobradinho, neste final de semana. quando o projeto Viva Lago Oeste, coletivo de empresários da região, promove, no Espaço Nave, às margens da DF-001, ações que pretendem marcar o mês do Cerrado, fortalecendo a comunidade local, a arte brasiliense e o turismo na região.
A primeira ação é a 1º Feira Agroecológica do Lago Oeste, que foi lançada nesta sexta-feira (11/09), Dia Nacional do Cerrado, e será aberta no sábado (12/09), com cerca de 20 expositores, em sua maioria empreendedores e produtores da própria região. O destaque do espaço será para os orgânicos e para as práticas agroecológicas promovidas pela comunidade do Lago Oeste e a promoção do turismo rural. A feira também oferecerá exposição de cafés, vasos de plantas, cervejas artesanais, arte, moda com tintura natural entre outros atrativos.
Durante o lançamento do evento, a secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, destacou a parceria firmada com a comunidade do Lago Oeste em torno do projeto, que vem se tornando um dos eixos de desenvolvimento do turismo em Brasília. “Nós olhamos o Viva Lago Oeste não mais como potencial, mas como um roteiro de enorme realidade para o turismo em Brasília”, afirmou. “Nós temos trabalhado diuturnamente para levar estas experiências interessantes para a população, trazer visitantes que olhem Brasília sob outras perspectivas”, completou.
Em paralelo à Feira Agroecológica, o Cerrado se torna uma galeria de arte a céu aberto, com a exposição Arte No Cerrado – Intervenção pela Natureza, do artista plástico Ralfe Braga, que acontecerá entre os dias 11 e 13 de setembro. São 40 obras que exploram a temática natureza, sendo 32 obras em formato 100X100cm e oito obras no formato 100X150cm. A exposição inova no aspecto apresentação, que terá como suporte expositor as árvores do próprio ambiente natural.
Segundo a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, a iniciativa do Viva Lago Oeste fortalece a estruturação do turismo rural promovida desde 2019 pelo Governo do Distrito Federal. “O lema do grupo diz tudo: natureza, turismo e cultura. A feira e a exposição são expressões fundamentais do que a região apresenta não só para Brasília, mas para todos os brasileiros, que é a valorização das manifestações culturais locais, da gastronomia, do artesanato, da sustentabilidade”, afirma.
Denise Barbosa, do grupo Viva Lago Oeste e uma das idealizadoras dos eventos, acredita que a região oferece um grande potencial para o turismo do Distrito Federal. “O grupo Viva Lago Oeste quer dar visibilidade para os produtores e também que as pessoas de Brasília reconheçam o Lago Oeste como rota turística, pois muitos não conhecem ainda as belezas naturais da região. Além disso, temos uma importante produção de orgânicos, gastronomia, artesanato e diversos outros atrativos”, diz.
Nome à frente da Nata do Cerrado, que produz sorvetes artesanais com sabores e ingredientes típicos do Centro-Oeste brasileiro, Bernadete Ghisolfi falou sobre a dedicação da marca para se manter alinhada aos conceitos de sustentabilidade. “É um sorvete feito com muito amor, que foi concebido para utilizar os frutos do Cerrado, que são deliciosos e nutritivos, mas não são tão conhecidos pela população”, conta. Entre os sabores levados para a feira estão o jatobá, araticum, castanha de baru e o de pequi. Até mesmo sabores tradicionais ganham vida no conceito da empresa, que também traz para a exposição a baunilha do Cerrado e limão com manjericão.
Para a titular do Turismo do DF a ressignificação da relação com o Cerrado é aliada da preservação ambiental. “Apoiar iniciativas como estas e promover os atrativos e empreendimentos da região mostram que é possível ressignificar o Cerrado e avançar na preservação ambiental a partir de uma ocupação positiva”, destaca.
A mesma opinião tem a expositora Raquel Bogea, à frente do ateliê Bosque Brasil, que produz peças de vestuário e acessórios artesanais com técnicas de tingimento natural, impressão botânica, reaproveitamento e design funcional. “Tudo é natural, sem a geração de lixo, com o retorno das plantas utilizadas para a natureza como adubo. Nosso foco é, acima de tudo, o consumo consciente”, explica.
Na 1º Feira Agroecológica do Lago Oeste, estarão presentes os seguintes expositores: OCCA Espacial (Organização Coletiva do Cerrado Agroecológico; Espaço Nave e Central do Cerrado), Brasis Ateliê Gastronômico, Nata do Cerrado, Nanny Doces, Revolução Pães Artesanais, Agrovillage, Vila das Cabras, Mel Terra Boa Abelhas, Benedito Sabiá, Ateliê Consciente, Boaz, produtos in natura (brássicas), Mano Milton Artesanatos, Chácara São Francisco, Royal Prestige, Cerveja ET, BrilhodaLua, Viva Vida e Fogão VenBras.
O Viva Lago Oeste começou em 2017, quando um grupo de empresários da região procurou o Sebrae-DF e a Setur-DF para ajudá-los a desenvolver o turismo no Distrito Federal, principalmente aproveitando as potencialidades do turismo rural e sustentável. Desde então, dezenas de empreendimentos integram o circuito da região.
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