Desde o início de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram um novo tipo de coronavírus, que causa uma síndrome respiratória aguda grave, a qual, em 11 de fevereiro, recebeu o nome de Covid 19.
A primeira morte anunciada pelas autoridades chinesas em 11 de janeiro. O primeiro caso da Covid 19 no Brasil foi confirmado pelo Ministério da Saúde, no dia 26 de fevereiro e, no dia 17 de março a primeira morte.
O impacto da Covid 19 Foi comparado ao de uma 3 Guerra Mundial, em um novo tipo de guerra, à biologia. Megaeventos esportivos cancelados; restrições; comércios, parques, cinemas e escolas ruas vazias.
Todos em casa, com medo e muito temor, numa guerra que não vemos inimigo e, sem combatente claro, lutamos para não sermos infectados, ansiamos pela fabricação de uma vacina, pela sobrevivência.
No meio dessa guerra, fomos ouvir o depoimento de pessoas que sobreviveram à contaminação com ou sem desenvolvimento da doença. São pessoas que foram curadas, passaram por alguns medos, mas, no final, voltaram para casa com vida, diferente das milhares de pessoas que sucumbiram, sem chance de uma nova oportunidade.
Wellington Valente, 38 anos, trabalha em carro forte, como se desloca para vários lugares em Brasília imaginava que uma hora ou outra iria se contaminar, mesmo se cuidando, passando álcool em gel antes e depois de entrar no caminhão, usando máscara. Quando chegava em casa, onde mora também a esposa tirava o tênis e já ia direto pro banheiro tomar banho.
No carro forte trabalham quatro pessoas e seus colegas começaram a sentir dores de cabeça e dor no corpo. Um deles fez o teste e deu positivo, sendo substituído. Passando uns dias, mas outros colegas foram sentido os mesmos sintoma dor de cabeça, tosse e dor no corpo. Foram fazendo o teste e dando positivo.
Wellington não sentiu nada; mas resolveu ir ao hospital Danher, da Asa Sul, onde tem convênio. Relatou ao médico alguns sintomas, como leve dor de cabeça, tosse e diarréia por três dias, mas nada grave. O médico lhe indicou fazer o teste lá mesmo, no Laboratório Sabin do Danher, e lhe deu um atestado de 14 dias para ficar isolado. ” Só me receitou dipirona se sentir dor ou febre”, lembra.
No dia seguinte já saía o resultado positivo para Covid 19. Como sintomas eram leves não precisou ficar em hospital, já que provavelmente sua esposa também já tinha sido contaminada.
“Depois desses dias em casa, voltei a trabalhar normalmente”, conta. Wellington ainda ressalta: “A doença é real. Tem pessoas que acham que não é perigosa. Devemos tomar todo cuidado com higiene, principalmente, e mudar nossas rotinas, se puder, como ir ao mercado em horários alternativos mais vazios”.
Ana Paula Viana de 29 anos, enfermeira no ICDF, Instituto de Cardiologia, afirmou, que os primeiros sintomas da Covid 19 que se manifestaram – a falta de olfato e de paladar, que se chama anosmia – duraram exatamente sete dias.
Fez teste numa quinta-feira e o resultado saiu no domingo. Três dias depois que saiu o resultado positivo da Covid 19, teve um pouco de falta de ar. Com isso, o médico pediu uma tomografia e o resultado era início de pneumonia no pulmão direito. Após tomar os medicamentos Azitromicina e Hidroxicloroquina indicados pelo médico, o cansaço foi melhorando.
O médico orientou que poderia ter sido contaminada com vírus há 10 ou 12 dias. Como trabalha em UTI, tinha medo de evoluir para o quadro grave. Saiu de casa porque seus pais são do grupo de risco, e foi para casa de sua irmã, onde ficou isolada por 14 dias, em um período de quarentena angustiante, de medo. Não tinha contato com ninguém.
Como trabalha na área da saúde, sabia que desde que começou a pandemia o tanto que o vírus é sério. Ela começou a ter medo se contaminar dentro do trabalho. Mas se contaminou fora, quando estava de férias, mas ia ao mercado e à padaria para os pais não saírem.
Os pais não testaram positivo, então Ana Paula não os contaminou. Ela finaliza, dizendo que ” temos que levar a sério, não é uma gripezinha tive amigos que se contaminaram e chegaram a óbito “.
Depois do isolamento, ela segue com mesmo ritmo, evitando contato social e tendo os cuidados necessários.
Sua volta para serviço foi um pouco mais difícil. Colegas de trabalho, amigos e familiares estavam muito preocupados. Para voltar deve ter certeza que estava melhor. Como no hospital onde trabalha não tem nenhum caso confirmado e não é referência ainda no Distrito Federal.
No dia 23 de maio informações foram atualizada pela Secretária Estaduais da Saúde. O Brasil registra 142.587 pessoas curadas da Covid 19. O número representa 41% do total de casos registrados no país (347.398).
Por: Lanya Garcia