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Comunidade se reúne com a Administradora do Gama

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A Administradora Regional Maria Antônia, ao centro, recebe líderes comunitários do Gama

Fórum Comunitário se reúne com a Administradora do Gama e apresenta demandas da comunidade

A Administradora Regional do Gama, professora Maria Antônia, recebeu a Mesa do Fórum Comunitário e de Entidades do Gama, FComGama, na tarde desta quinta, 19, para uma reunião na sede da Administração Regional da cidade. Além da Mesa do Fórum, participaram os Facilitadores Comunitários e os mediadores da mesa, além de representantes da administração e do site Gama Cidadão.
 
A iniciativa da reunião foi de Maria Antônia, com o objetivo de conhecer as demandas da comunidade, ali representada pela Mesa Mediadora.
 
Sobre o FComGama
O Fórum Comunitário e de Entidades do Gama – FComGama reúne: cidadãos, cidadãs e entidades da sociedade civil organizada da cidade como membros participantes.
 
O Fórum é apartidário e não tem como objetivo fazer oposição, ou alinhar-se, ao poder público. Tem como tarefa oferecer ao governo as reivindicações da sociedade, apresentadas nas plenárias realizadas regularmente e, além disso, acompanhar as ações do governo para o atendimento das mesmas. Deve ainda manter seu caráter de isenção, de imparcialidade e de responsabilidade junto à comunidade gamense.
 
Essas plenárias são realizadas com o objetivo de promover o debate entre cidadãos e cidadãs, lideranças comunitárias, entidades e o Poder Público, para a busca do desenvolvimento estrutural, social e sustentável da cidade do Gama.
 
O debate com Maria Antônia.
Os representantes do Fórum Comunitário do Gama foram muito bem recebidos pela Administradora da cidade e por sua assessoria, que se mostraram dispostos a ouvir e debater as possibilidades de soluções das demandas apresentadas pelo Fórum. A administradora disse que uma de suas prioridades era o Parque Urbano e Vivencial do Gama, PUVG.  Ela consultou o grupo quanto a intenção de algumas pessoas em pedir que as obras iniciadas no governo anterior sejam embargadas. Maria Antônia ponderou que já foram aplicadas uma boa parte de verbas públicas e que, o embargo das obras, seria mais prejuízo para os cofres públicos, obtendo a concordância do grupo. Disse também que as verbas destinadas para a conclusão do campo de futebol sintético estão bloqueadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, TCDF, por força da Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
Para Maria Antônia a participação do  FComGama, como parceiro da administração, é muito importante para ajudar nas ações já agendadas pelo gestor público como, por exemplo, realização de seminários para debater questões específicas da cidade, a reivindicação junto à parlamentares do Distrito Federal de emendas para obras na cidade, o acompanhamento dessas emendas para que realmente sejam destinadas ao Gama, entre outras. Citou ainda que outra  prioridade de sua gestão será a revitalização do Cine Itapuã, mas que para isso seja possível, precisará do esforço de todos para que as emendas parlamentares sejam viabilizadas no primeiro semestre de 2015. Reforçou que vai buscar apoio de todos o parlamentares de Brasília, independente de qual partido político representem, ampliando o slogan do FComGama, “o meu partido é o Gama”.
 
A urbanização de várias áreas da cidade, bem como a ampliação de diversas vias, também estão pautadas na agenda de obras da administração, como a Avenida dos Pioneiros e as quadras pares do setor Sul. Ela demonstrou preocupação com os comerciantes do galpão que fica na Rodoviária do Gama, porque eles não foram contemplados pelo projeto de reforma da rodoviária, feito no governo anterior, segundo ela, aquele galpão deve ser reformado também. Propôs também ao grupo que as verbas disponíveis para implantação de novos Pontos de Encontro Comunitário, PECs, sejam destinadas para a construção de creches, sendo que a primeira delas seja construída entre o Centro de Ensino Fundamental 15 e o Centro de Ensino Médio 3, no setor Sul. Para Maria Antônia alguns PECs poderiam sem implantados em áreas próximas as escolas da zona rural.
 
Uma discussão mais acalorada aconteceu entre membros dos dois grupos, motivada por divergirem ideologicamente, mas que foi rapidamente contornada pelos mediadores presentes, que lembraram e todos que, naquele campo, não cabia a defesa de posições ideológicas e partidárias, mas a defesa dos interesses da população da cidade.
 
Muitos participantes da reunião colaboraram com o debate, como o líder comunitário Valdeci, que acredita na capacidade do grupo sensibilizar o gestor público para que acate as carências da cidade, antes de fazer oposição. Para Fávio Pinheiro o FComGama “não deve ser base de oposição ou de apoio ao governo. Devemos deixar de lado a questão ideológica e partidária”, disse Flávio.
 
Outro líder comunitário, Luiz Maurício, parabenizou Maria Antônia e entende as dificuldades que ela está enfrentando, principalmente com a falta de servidores mas que “moralizar a gestão pública e atender a comunidade é mais importante”, disse o membro do Comitê de Transporte da cidade. Luiz sugeriu a Maria Antônia que a fiscalização dos serviços prestados pelas empresas de transporte, seja feita pelo DFTrans e não pelas próprias empresas.
 
Já Márcio Carneiro demonstrou preocupação com a política de “Estado mínimo”, adotada pelo GDF. Segundo ele a administração precisaria de, no mínimo, 200 cargos comissionados para que seja prestado um serviço minimamente satisfatório à população, porque o servidor concursado não realiza as tarefas de ponta. Marcio disse que é impossível prestar um bom serviço com um quadro de 50 cargos comissionados, enquanto que em dezembro de 2014 existiam 150 deles. Finalizou dizendo que “esse discurso panfletário do governo em reduzir pessoal, prejudica inclusive a economia local”, referindo-se as pessoas que poderiam ser contratadas pelo GDF e que, naturalmente, fariam compras na cidade.
 
O morador da área rural, Hérmanos Machado, pautou para a administradora 5 pontos críticos da região e reivindicou prioridade na solução dos problemas, sendo eles:
  • Asfaltar todas as estradas da área rural
  • Asfaltar a DF 180
  • Posto de saúde, que já está com o terreno e verbas para construção liberados
  • Asfalto para o Serra Dourada
  • Asfalto entre a DF 180 e a o Casa Grande, cerca de 7 km
  • Urbanização do Galpão do Produtor
Maria Antônia ouviu atentamente as reivindicações e disse que iria encaminhar as demandas. Quanto ao posto de saúde ela ofereceu ao líder comunitário instalar um posto policial, provisoriamente, para funcionar como posto de saúde e que irá viabilizar uma feira do produtor rural.
 
Para o jovem militante estudantil e também morador da área rural, Higor Alves, as principais necessidades da região são o transporte escolar para o ensino médio, asfalto para a Ponta Alta, renovação e ampliação da frota de ônibus e creches públicas.
 
Representando o site Gama Cidadão, Israel Ribeiro pontuou a importância daquela reunião, qualificando-a de “histórica”. Segundo ele, até aquele momento, não tinha sido possível reunir representantes de tantos partidos políticos dispostos a trabalhar pela cidade e “a melhorar a vida do cidadão do Gama”, disse Israel.
 
A administradora ressaltou que o grupo presente na reunião era o mais bem preparado para ajudar na administração da cidade, indicando os problemas que precisem ser solucionados, sugeriu também que o FComGama alinhasse as comissões temáticas com os núcleos gestores da administração, como forma de facilitar a identificação das demandas. Quanto ao GDF ter transferido para o Plano Piloto a responsabilidade de aprovar as licitações da cidade, justificou que foi para evitar o recebimento de propinas por servidores, sem dar mais detalhes sobre o assunto. Em certo momento ela disse que recebeu uma ligação do deputado federal Augusto Carvalho (SD/DF) e que ele teria pedido para ela consultar o grupo quanto a destinação de R$ 5,8 milhões disponíveis para serem aplicados na área da Saúde do Gama. A proposta do deputado foi a de que o grupo deveria escolher se o dinheiro será aplicado no Hospital Regional do Gama, HRG, ou na construção de uma Unidade de Pronto Atendimento, UPA. Por unanimidade a segunda opção foi a escolhida.
 
De um modo geral as opiniões foram de que todos deveriam se “desarmar” politica e ideologicamente, em um esforço de travar um diálogo franco e transparente em prol do Gama, entretanto, um ponto negativo precisa ser corrigido. As próximas reuniões devem ser agendadas com a Mesa do Fórum com antecedência e ter pauta definida previamente. No geral, a reunião foi considerada produtiva e que as próximas têm todas as possibilidades de obter sucesso, não só nas soluções dos problemas da cidade, mas no aprimoramento das relações.
 
Fotos da reunião. Clique aqui!
 
Por Joaquim Dantas
Fonte: Blog do Arretadinho – 20/02/2015
 
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