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Coleta seletiva no Gama começa na segunda-feira

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Foto: Divulgação/GDF

Os materiais recicláveis e o lixo orgânico devem ser separados

A partir de segunda-feira (17), moradores do Gamacontarão com o serviço de coleta seletiva. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) disponibilizou os dias, horários e itinerários dos caminhões (confira no arquivo abaixo). Será recolhido somente o lixo seco (papel, plástico, vidro e alumínio). Os veículos da coleta convencional, responsáveis por retirar o descarte orgânico – basicamente produtos de origem animal e vegetal -, continuarão cumprindo a escala e o itinerário normalmente.

Os moradores devem ter duas lixeiras para descartar separadamente o lixo seco do orgânico. A orientação é embalar os vidros em papelão ou jornal para facilitar o manuseio e evitar acidentes. Após esse trabalho, o cidadão deve guardar o lixo seco em casa até a chegada do caminhão.

Precisamos nos reeducar para preservarmos o nosso planeta. Um futuro melhor para todos depende de uma atitude simples e rápida, a de separarmos nossos resíduos. Depois que criarmos esse hábito, fica tudo mais fácil”, comenta o Administrado Regional do Gama, Adauto Rodrigues.

DESTINO CERTO

Com a implantação do sistema integrado de coleta seletiva em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, a destinação do lixo sofrerá alterações. Haverá mudanças desde o recolhimento dos resíduos nas residências e comércios até o seu reaproveitamento, etapas que precedem a desativação do Lixão da Estrutural.

“Todas as ações que estamos colocando em prática têm a finalidade de acabar com esse lixão a céu aberto antes mesmo do prazo definido pela lei federal sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina o fechamento desses locais em todos os municípios até agosto de 2014. Mas, para desativar esse local, tivemos que organizar essa logística de descarte”, afirmou o diretor do SLU, Gastão Ramos.

Assim que a coleta seletiva começar a funcionar nas 31 regiões administrativas do DF, o descarte recolhido pelos caminhões convencionais, que transportarão apenas a parte úmida (orgânica), será levado para as usinas de compostagem de Ceilândia e da Asa Sul. Atualmente, esses locais fazem também a triagem do material recolhido, já que recebem o lixo orgânico misturado ao seco, etapa que será descartada com o novo sistema.

Na usina de Ceilândia, considerada a maior da América Latina, é realizado o processo de decomposição e de reciclagem da matéria contida no descarte úmido formando o composto orgânico, que é transformado em adubo. A unidade da Asa Sul só realiza o processo até a formação do composto, que é encaminhado para a outra unidade. O adubo é destinado a programas governamentais e para pequenos e médios agricultores cadastrados na Emater.

De acordo com Hélio do Carmo, responsável pela fiscalização na unidade de Ceilândia, será possível eliminar pelo menos duas etapas com a coleta seletiva. “A triagem e uma das etapas de peneiramento não serão mais necessárias, pois o material chegará mais puro. Mas acredito que para chegar a esse estágio, levará, ainda, um tempo para que a população consiga se adequar ao processo de separação de lixo”, declarou.

Nem todo o lixo orgânico é transformado em adubo, pois a usina ainda não tem capacidade de realizar a compostagem do montante recolhido, portanto, atualmente, a sobra é despejada no Lixão da Estrutural. Assim que o primeiro aterro sanitário do DF for inaugurado, conhecido como “Aterro Oeste” – a previsão é que a primeira célula comece a funcionar a partir de maio em Samambaia – esse rejeito seguirá para lá.

CENTROS DE TRIAGEM

O DF produz uma média de 2,7 mil toneladas de lixo orgânico diariamente. A usina tem capacidade de receber 600 toneladas/dia de lixo orgânico, o que resulta na produção de 150 toneladas/dia de composto. “Esperamos em um futuro próximo aproveitar o máximo possível do lixo orgânico com a construção de mais usinas. Dessa maneira, também diminuímos a quantidade de rejeito despejado no aterro”, afirmou o direito do SLU, Gastão Ramos.

O material proveniente da coleta seletiva, o lixo seco, seguirá para as 32 cooperativas cadastradas na Sedest até que os centros de triagem comecem a funcionar – está prevista a construção de 12, sendo que quatro começam a operar em maio. O descarte, composto basicamente por papel, plástico, alumínio e vidro, será levado para esses espaços, onde os catadores das próprias cooperativas trabalharão na separação do material.

O lixo proveniente da construção civil, que representa quase 70% do total de descartes diários no DF, terá nova destinação. Está prevista para este ano a construção de oito Áreas de Transbordo e Tratamento de Resíduos Sólidos (ATTRS), que além de terem a função de armazenar esse entulho também farão a reutilização desses resíduos. As unidades de Ceilândia e da Estrutural já estão em licitação pela Novacap.

OUTROS DESCARTES

O óleo de cozinha usado coletado pela Caesb é destinado para Arranjos Produtivos Locais (APLs) – hoje, o DF conta com 10 -, organizados para produzir biodiesel, a ser utilizado em frota própria, e sabão, em espaços comunitários. Esses locais são aglomerações de empreendimentos de uma mesma atividade produtiva que apresentam vínculos de articulação, cooperação e aprendizagem entre si.

A Caesb tem uma parceria com a Embrapa Agroenergia para a instalação de uma pequena usina de produção de biodiesel a partir do óleo de cozinha usado. A construção da usina está em fase final.

O lixo eletrônico, entregue nos Núcleos de Limpeza do SLU, é recolhido por empresas que fazem a separação dos componentes para encaminhá-los a outras cidades que possuem locais que reciclam o material, já que o DF não possui esse tipo de espaço. A intenção do órgão é construir uma estrutura para destinar corretamente os resíduos recebidos para posterior reciclagem de todas as peças em separado.

Fonte: ASCOM RA II

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