Política
Assessor de deputada do PT hostiliza Barbosa
Ao lado de duas amigas petistas, Rodrigo Grassi perseguiu o presidente do STF, filmou e publicou nas redes sociais para insuflar militantes
As imagens foram feitas pelos próprios petistas quando o ministro saída de um bar. O vídeo foi gravado e protagonizado pelo conhecido baderneiro Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado “Rodrigo Pilha”. Uma espécie de petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas tarefas: uma é repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.
Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.
Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca: “Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.
Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Por que o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.
Portal Veja abril – Gabriel Castro