O Sindicato dos Urbanitários do DF promoveu nesta quinta-feira, (1º) assembleia em defesa da CEB pública.
Servidores e sindicatos vem se manifestando contrário a privatização da Companhia Energética de Brasília, definida pelo Governo do Distrito Federal e pela atual gestão da Cia, como algo inevitável.
O GDF anunciou no último sábado, 26/09, a venda da CEB pelo preço de R$ 1,4 bilhão. Esse valor tem incomodado todo mundo que é contra a venda. Há quem defenda o valor venal proposto como um absurdo. Pois, o seu faturamento anual, registrado em 2019, foi de R$ 4,4 bilhões. Cabe destacar que, só a receber, em valores atualizados, a CEB tem R$ 1,5 bilhão, valor acima de preço mínimo fixado.
A privatização da estatal tem incomodado muita gente; E há quem afirme que o governador Ibaneis Rocha está querendo acelerar a entrega da CEB para a iniciativa privada. Os contrários a privatização tem reclamado que o GDF está fazendo tudo a toque de caixa. Que não quer fazer um estudo criterioso e um debate amplo sobre a questão. Na visão de servidores e sindicatos o GDF, num curto espaço de tempo, quer realizar uma assembleia de acionistas, uma única audiência pública e logo em seguida levar a leilão a CEB, tudo isso sem manifestação do Tribunal de Contas do DF.
Os sindicatos e servidores ainda questionam sobre os riscos de sua privatização, à população, ao comércio e instituições públicas, como escolas e hospitais. Segundo as classes basta observar as experiências de privatização que foram realizadas, onde eles apontam que: em nenhuma delas os resultados foram positivos.
As mais recentes privatizações no setor elétrico são das distribuidoras de energia dos estados do Acre, Amazonas, Goiás, Piauí, Alagoas, Rondônia e Roraima. Segundo tem alegado sindicatos e diversas pessoas, todas as situações, houve aumento na conta de luz do consumidor e precarização na prestação do serviço.
No anúncio desse processo foi apresentado um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para 120 trabalhadores, além do remanejamento de 100 empregados para uma nova empresa do grupo CEB. Os sindicatos alegam que, com isso, o GDF e a CEB pretendem deixar 600 trabalhadores sob risco claro de demissão futura.
Servidores e os Sindicatos ainda afirmam que vem fazendo diversos alertas e denúncias, mas o governo do Distrito Federal e a direção da CEB insistem no processo de privatização. Com isso vender, o que dizem ser a melhor concessionária do Centro-Oeste e a sétima melhor do Brasil.
Assembleia geral em defesa da CEB pública
STIU-DF convocou os trabalhadores e trabalhadoras da CEB para Assembleia Geral Extraordinária. Essa assembleia foi realizada nesta quinta-feira, primeiro dia de outubro. O evento aconteceu às 9h, na sede da Companhia Energética de Brasília, no SIA.
A categoria aprovou uma nova assembleia para a próxima quarta-feira, 7, que terminará com um ato em frente à Câmara Legislativa do DF.
O Sindicato dos Urbanitários do DF vem numa luta para que a Companhia Energética de Brasília não seja privatizada
A assembleia de hoje contou com a presença de servidores da CEB e integrantes da classe sindical.
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Da Redação do Gama Cidadão – 01/10/2020