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Aélia Capitolina, região de conflitos permanentes e origem da Cristandade
Vicente Vecci
Essa era a antiga denominação da região da Palestina, para fins de governo do antigo império romano que lá chegou 63 anos antes da era cristã. Mas o termo atual, originou-se do nome que os gregos davam a uma região justa-linear ao Mediterrâneo, estendendo-se desse mar até o território oriental da Síria, do Líbano atual até às proximidades do Mar Vermelho. É considerado um dos lugares do planeta mais remotamente habitados pelo homem. Há estimativas de 90 séculos de ocupação contínua, segundo pesquisas pela idade radiométrica de achados arqueológicos. Desde quando começou a civilizar-se, sempre foi um local de conflitos, permanecendo até os dias atuais com atividades terroristas e bélicas do estado islâmico, palestinos e judeus e a guerra civil na Síria entre rebeldes e tropas do ditador Bashar Al Assad apoiadas pela Rússia, Irã, China, integrando uma irmandade maligna, causadora de genocídios e a morte de aproximadamente 400 mil pessoas. O mais recente aconteceu no Noroeste desse país, aonde fortes evidencias apontam utilização de armas químicas, vitimando em grande escala crianças. Países ocidentais condenaram esse crime de lesa humanidade e de extrema crueldade.
Os conflitos antigos eram entrem reis provinciais, alguns de origem grega remanescentes do império macedônico, deixado por Alexandre. Era também uma região rica e possuía terras férteis para as atividades agrícolas nas diversas províncias como a Iduméia, Peréia, Samária, Judéia, Decápolis, Feníca (hoje Líbano), Batanéia, Gálianítide, e Galiléia. Essa última citada, na era cristã tinha como capital Sefóris, próspera cidade, transformada num centro administrativo pelos romanos. Foi governada por Herodes Antipas, preposto da Roma Antiga. Foi lá que nasceu o Precursor do cristianismo Jesus, nome de origem grega, oriundo do aramaico Yeshua. Segundo o Novo Testamento e fontes históricas, Jesus era filho de Maria. E sua família morava em Nazareth, a dois quilômetros do Lago Tiberíades que antes desse nome romano, os hebreus chamavam-o de Mar da Galiléia ou lago Genezarete. Geograficamente é um segmento do rio Jordão que forma o lago e depois continua até desaguar no Mar Morto. A curta vida de Jesus passou-se em grande parte nas margens desse lago de água doce com 10 km de largura e 20 km de comprimento, nessa época, margeado de vários núcleos habitacionais e povoações históricas. Três de seus apóstolos foram recrutados entre os pescadores desse lago, respectivamente Pedro, André e João. Daí a importância da irradiação espiritual positiva proveniente dessa região que, sem os recursos que a mídia globalizada tem hoje, atravessou fronteiras distantes, quebrou tabus, credos e mitos e contribuiu para a humanização do planeta. A celebração natalina é uma das consequências dessa fonte.
Contudo existe um paradoxo: o teor principal da mensagem vindo de lá, que é amar o próximo como a ti mesmo, não tem sido praticado em grande escala nessa região desde a época dessa irradiação até os tempos atuais. Lá os conflitos com mortes são permanentes e distantes de soluções. E aí então é que fica uma indagação: se na região que nasceu Aquele que melhor incorporou e personificou o Cristo Universal e originou-se o cristianismo, não se consegue praticar prioritariamente a Sua mensagem, imagina-se como deve estar a vida noutros cantos do planeta. Basta lembrar dos países pobres da África onde o radicalismo islâmico chacina inocentes e as que ocorreram na Europa como aconteceu na Bósnia, onde as causas foram motivadas pelas imposições de etnias e/ou ambições materiais e políticas. Refletindo, tudo isso tem como pai o egoísmo que deixa marginalizado os ensinamentos vindo há vinte séculos da antiga Aélia Capitolina, cuja máxima nos ensina que, independente de raças, cor, línguas e fronteiras, somos todos irmãos.
Infelizmente, segundo a filosofia cósmica, o príncipe desse mundo (ego) reina em muitas regiões, e, até mesmo dentro de nosso lar. E, é preciso de muita luz para eclodir seu império. Luz essa que é procedente do Ente Supremo, e para recebê-la, basta abrirmos voluntariamente um portal em nosso Sistema Nervoso Central. Deve-se então, depois, direcioná-la para fora, e, a chave para essa operação bélica espiritual nos foi dada pelo Nazareno Yeshua.
Vicente Vecci edita em Brasília-DF há 33 anos o Jornal do Síndico ( www.jornaldosindicobsb.com.Br e-mail [email protected] )