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40 milhões de brasileiros têm algum tipo de distúrbio alimentar
Ficar sem beber leite ou deixar de comer aquele pãozinho no café da manhã é uma tarefa impossível para muita gente. Mas o que fazer quando seu corpo não aceita as proteínas e os carboidratos que esses alimentos apresentam? De acordo com o site brasilzerogluten.com.br, 1% da população mundial é celíaca, – nome dado as pessoas com intolerância ao glúten -, e cerca de 35 a 40 milhões de adultos brasileiros têm perturbações digestivas após a ingestão de um copo de leite.
A nutricionista, Isabel Silveira, explica que no começo a adaptação é difícil, mas com o tempo, o paciente se adequa ao novo hábito de vida e percebe as melhorias na saúde.”Hoje em dia, existe uma grande variedade de produtos para pessoas com esse tipo de alergia, o que facilita no tratamento”, ressalta.
Os sintomas mudam de pessoa para pessoa e de acordo com a quantidade ingerida de leite e derivados. As manifestações em ambos os casos causam geralmente diarreia, flatulências, desconforto e dor abdominal, vômitos e perda de peso. Estes sintomas poderão aparecer minutos ou horas após a ingestão desses produtos. A velocidade depende da movimentação intestinal.
Zero glutén
A estudante Verônica conta que é difícil ser celíaca devido ao trabalho de encontrar algum alimento que não tenha a proteína. “O mais comum é o pão de queijo, mas de tanto comer eu enjoei. Tento buscar outras coisas, mas é difícil dar uma ‘variada no cardápio’ pela falta de produtos”, explica. A jovem também reclama do alto custo dos produtos especializados. “Além de ser caro, não é em todo lugar que se encontra. É complicado ter que resistir às tentações, mas com o tempo você acaba se acostumando”.
Além de evitar os produtos com cereais que contém glúten, os celíacos devem estar atentos aos rótulos dos alimentos industrializados. Também não é permitida, a ingestão de leite maltado, queijos fundidos, cervejas e uísque. Para substituir as fontes de glúten, pode-se usar as farinhas derivadas de milho, arroz, mandioca, batata e araruta.
Intolerância à lactose
“Eu era muito novo, tinha oito anos no máximo. Estava comendo strogonoff e minutos depois comecei a ter vômitos. Durou quase duas horas, foi horrível”, disse o publicitário Renato Melo, 22 anos. Este não é um caso raro, segundo uma pesquisa da Unicamp, pelo menos 40% da população brasileira tem algum tipo de desconforto ou problema digestivo ao ingerir a lactose.
Existem dois tipos de intolerância: primária, onde o paciente não tem a enzima lactase, que é responsável por hidrolisar a lactose em galactose e glicose, ou seja, o organismo se torna incapaz de digerir de forma adequada a lactose presente nos alimentos. A segunda é chamada de secundária e ocorre devido a alguma patologia.
Locais especializados
A vida de quem sofre algum desses distúrbios pode ser ainda muito difícil, mas com certeza, já houve tempos mais complicados. No Distrito Federal, por exemplo, já existem diversos restaurantes que atendem clientes com uma alimentação restrita.
O gerente de um estabelecimento localizado no Lago Sul, Magno Paulo, explica que quase todos os alimentos conseguem ser modificados sem alterar o sabor. “Pratos como raviolli de queijo e risoto de champignons são os mais procurados por celíacos e intolerantes. Eles sempre saem satisfeitos e sem passar mal”, diz.
Informou Gazeta de Taguatinga