Na manhã do último sábado, dia 05 de maio, na praça Lourival Bandeira, foi levado ao ar com transmissão ao vivo, a 23ª Edição do Sarau Nacional Banca de Poetas, em parceria com o Portal de notícias Gama Cidadão e com a Rádio Nacional AM (980 Khz), na companhia do apresentador do programa Revista Brasil, Valter Lima. O tema escolhido foi a reforma e a devida readequação do formato de gestão do Cine Itapuã que outrora mantinha suas portas abertas a todas as vertentes da arte. Este 2º Ato nomeado por “Crônica da casa Abandonada”, foi dedicado ao paraibano Pedro Osmar, artista multimídia e defensor da arte cinematográfica, que se deslocou de João Pessoa ao Gama (DF) para apoiar a primeira edição do Ato Itapuã pela Arte.
Produzido por José Garcia Caianno e com apresentação dele junto com Luiz Felipe Vitelli, os participantes do programa foram tratados como cronistas. Apresentações musicais e de poesia clamaram com urgência pela reforma da casa abandonada.
O 23º Sarau Banca de Poetas Rádio Nacional AM (980 khz) teve a abertura musical com Chico Nogueira parceiro e fundador da Banca de Poetas e do Sarau Nacional. Na sequência, Roberto Farias, do Projeto Cordas Do Gama, fez uma apresentação solo com seu violino e em seguida acompanhou o recital de Cláudia Martins, ativista e poetisa da cidade, e apresentou-se com alunos iniciantes entre 10 e 60 anos
O presidente do conselho de cultura do DF, André Muniz, falou sobre os trâmites burocráticos que dificultam e atrasam a reforma da “casa abandonada”. Também participaram do evento Cláudio Alcântara (último gestor do Cine Itapuã) e Marcos Derru (professor e museólogo) que testemunhou vários momentos do bom e velho Itapuã. Os poetas Paulo Avelino, Laercio Nicolau e NegoDai fizeram bonito ao apresentarem seus versos.
O público, também, pôde ouvir e apreciar o dedilhar das cordas de Jairo Mendonça e a performance de Mané Preto que sempre se emociona ao pisar na ribalta. Houve a participação de Gilmar Batista, outro veterano a subir ao palco. Marco Augusto da companhia Voar realiza um sonho antigo de José Garcia: traz o teatro de bonecos para o Rádio. Marcos adaptou um trecho do espetáculo “João e o Pé de feijão” especialmente para essa ocasião.
Os cineastas Walter Sarça e Pedro Augusto estiveram presentes falando da difícil tarefa de fazer cinema em uma cidade onde uma simples reforma do templo da sétima arte vem sendo procrastinada. Aliás procrastine é o título do filme de Pedro Augusto que acaba de ser lançado. Juan Ricthelly, poeta e ambientalista, foi mais um cronista da casa abandonada.
O tema abandono também foi abordado por outro olhar. O médico psiquiatra Dr. Ricardo de Albuquerque Lins, que está à frente da Abrasme (Associação Brasileira de Saúde Mental DF) e coordena o 6º congresso brasileiro de saúde mental. Ele falou do tabu e do preconceito que ainda nos dias de hoje cercam um assunto tão presente na sociedade. E falou também do descaso por parte das autoridades que se assemelha ao da casa abandonada. Mas, a participação de Albuquerque no programa foi para divulgar o congresso que ocorrerá no centro de convenções Ulisses Guimarães nos dias 30 de maio a 1º de junho na capital federal.
Na mesma linha, outra cronista foi a Dra. Márcia de Alencar. Ex-secretária de segurança pública e ativista dos direitos humanos, ela falou da importância de se cuidar da saúde mental dos trabalhadores da segurança pública e alertou para o drama de quem vive a linha de frente desse trabalho. Márcia de Alencar propõe medidas transversais na gestão pública como método para minimizar a violência nas grandes cidades. Em vez da mera repressão, defende a segurança pública sem medo e sem violência. Para quem vive à margem, justiça e inclusão social. Diz Márcia.
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Lucas Lieggio e José Garcia
Redação do portal Gama Cidadão – 12/05/2018